Maduro conclama o povo à luta contra intervenção externa

O povo venezuelano realiza atualmente uma batalha permanente contra o capitalismo que pretende intervir no país e tirar sua independência. Para derrotar definitivamente essas aspirações, os venezuelanos devem unir-se "no espírito, na ideia, na luta, em face das dificuldades, diante da guerra econômica, das guerras de máfias criminosas", disse o presidente da República, Nicolás Maduro.

Maduro

De acordo com o chefe de Estado, esta luta deve desenvolver-se com a mesma força com a qual Simón Bolívar junto a outras figuras, como Pedro Camejo – el Negro Primeiro -, conquistou a independência da Venezuela há dois séculos.

Depois de um encontro com governadores e prefeitos, realizado no Palácio de Miraflores, em Caracas, Maduro indicou que as pretensões capitalistas que querem impor-se ao país estão representadas por figuras como Felipe González, ex-presidente do governo espanhol que visitou a Venezuela, como parte da campanha de desprestigio que a direita impulsiona contra o país.

A batalha, portanto, “é contra o capitalismo que eles representam, contra a direita que pretende intervir na Venezuela e no socialismo venezuelano”, disse o mandatário depois de uma reunião com o ministério.

Diante deste cenário de combate contra as pretensões de setores conservadores, a liderança do país deve renovar a politização permanente e os valores na nova espiritualidade, enraizada em Bolívar e impulsionada pelo comandante Hugo Chávez.

O chefe de Estado disse que o chavismo é o “bolivarianismo e o socialismo do século 21, em tremenda luta contra o projeto imperial, seus lacaios nacionais e o capitalismo saqueador de nosso povo. É uma batalha entre entre o ser e o não ser, entre a pátria e a antipátria".

Respaldo unânime à Venezuela

O presidente Maduro agradeceu aos 27 países da União Europeia e aos 33 membros da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac) – na 2ª Cúpula que os reúne em Bruxelas, Bélgica – pela solidariedade unânime com a Venezuela, "ao aprovar um parágrafo que de maneira oficial solicita ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, algo que estou seguro de que vai ocorrer, que é a revogação do decreto que declara a Venezuela como uma ameaça".

O mandatário também destacou o discurso proferido pelo vice-presidente da República, Jorge Arreaza, durante a Cúpula, no qual propôs a construção em paz de um mundo multipolar em que prevaleça o respeito aos povos e a sua autodeterminação.

Venezuela e Brasil fortalecem relações

O presidente Maduro se referiu à visita ao Brasil do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, do vice-presidente da Área Econômica, Rodolfo Marco Torres, do ministro das Indústrias, José David Cabello, e do ministro do Transporte Aquático, Giuseppe Yoffreda, com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento de ambas as nações.

Os representantes venezuelanos mantiveram um conjunto de reuniões, uma das quais com o ex-presidente Lula.

Vitória eleitoral à vista

Maduro, que também é presidente do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), reafirmou que a Revolução Bolivariana alcançará uma nova vitória nas eleições parlamentares que se realizarão neste ano no país.

"Este ano há eleições. No momento apropriado o poder eleitoral convocará as eleições. Mesmo com chuvas, relâmpagos e trovoadas, está escrita a vitória da Revolução Bolivariana nestas eleições de 2015", disse.