Cuba defende respeito à soberania dos povos na ONU

Cuba enfatizou, nesta segunda-feira (15), que o respeito à soberania, independência e integridade territorial, o direito à autodeterminação dos povos e a solução de conflitos por vias diplomáticas, devem ser uma prioridade.

Embaixadora de Cuba na ONU e membro da delegação que está nos EUA, Anayansi Rodriguez

“Devem ser deixados de lado a imposição de medidas coercitivas ou sanções unilaterais, que são violatórias dos direitos humanos”, sublinhou Anayansi Rodríguez, representante permanente da ilha ante a sede das Nações Unidas.

Em relação às críticas que se fizeram sobre a Venezuela, enfatizou que "Cuba reitera seu incondicional apoio e o de nosso povo à Revolução bolivariana, ao governo legítimo do presidente Nicolás Maduro e ao heroico povo irmão da Venezuela".

“Ninguém tem direito a intervir nos assuntos internos de um Estado”, afirmou Rodríguez ao discursar no debate geral com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Recordou que faz quase 10 anos que foi criado o Conselho de Direitos Humanos com o objetivo de substituir a antiga Comissão, descreditada completamente ante a politização, as manobras rasas e a seletividade imperantes.

Lamentavelmente, apontou, estas práticas cada vez mais voltam a enraizar-se nas deliberações deste órgão, já não tão jovem.

A diplomata detalhou que um exemplo disso é o uso deste tema e deste debate para fomentar uma discussão sobre a situação de direitos humanos nos países do Sul. “As listas de nações que se criticaram nas intervenções de determinadas delegações o evidenciam”.

“Reconhecemos que são importantes os desafios que enfrenta o Alto Comissariado e temos tomado nota dos sucessos e das ações empreendidas para enfrentar os desafios encontrados”, assinalou.

Ao mesmo tempo, disse, reiteramos que estes desafios devem ser respondidos de uma maneira em que se evite a seletividade, a politização e as manobras rasas.