Publicado 24/07/2015 11:29

O senador, que é líder do PT no Senado, disse que “se essa ruptura tivesse ocorrido dois meses atrás, teria uma dimensão muito grande”. “Na circunstância atual, em que ele [Cunha] rompe numa tentativa de trazer o governo para o foco da Lava-Jato e tirar de cima dele, é óbvio que ele tem um poder de fogo muito menor”, diz o senador em entrevista publicada no jornal Valor Econômico desta sexta-feira (24).
Ele avalia que o rompimento oficial de Cunha foi muito melhor para o governo. “É melhor ter um adversário às claras do que um enrustido”, enfatizou Costas, avaliando ainda que o “governo pode recompor totalmente a sua base de sustentação e Eduardo Cunha pode ficar isolado”.
Costa disse também que, diante da decisão ir para a oposição, Cunha tem que entregar todos os cargos que ocupava no governo. “Se ele não entregar, o governo deve de imediato retirar todos esses cargos. Eduardo Cunha era contra o governo, mas usava a estrutura do governo para manter a sua força política”, ressaltou.
Sobre o papel do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Costa salientou que sua atuação tem sido imprescindível na articulação política. “Temer tem sido um fator de estabilidade e preservação de um mínimo de governabilidade”, declarou o senador.
Sobre Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Costa disse que o objetivo é fortalecer o diálogo. “É importante governo ter uma conversa aberta com ele, saber o que ele avalia que não vai bem”, disse.