Movimento sindical critica a morte de manifestante em El Salvador

O movimento de trabalhadores da Codelco criticou a morte de um sindicalista em uma manifestação em El Salvador. O grupo também pediu, através de uma nota, que os sindicatos de outros países latino-americanos apoiem a luta pela descriminalização das manifestações sociais.

Codelco

Leia a íntegra da nota:

O assassinato do trabalhador Nelson Quichillao Lopez cometido pela polícia em El Salvador é mais uma vez a ação das autoridades governamentais para criminalizar o protesto social e, em particular, para suprimir e restringir os direitos dos trabalhadores.

Os trabalhadores da Codelco estão mobilizados em todo Chile, para exigir a negociação do Acordo-Quadro conquista após 37 dias de greve em 2007. Isto tem sido negociado a cada dois anos depois de ser estabelecido. Isso aconteceu em 2009, 2011 e 2013. No entanto, temos uma recusa da administração para sentar e negociar depois que nós apresentamos a nossa proposta.

Nossos colegas da Divisão de El Salvador assumiram o controle de uma estrada e cortaram o trânsito de forma permanente, o que resultou na repressão das Forças Policiais Especiais. No dia 24 de julho, sexta-feira, a polícia fez uso de suas armas de fogo contra os trabalhadores durante uma tentativa de expulsá-los da estrada, causando a morte de nosso colega Nelson Quichillao e deixando em estado grave o companheiro Rodrigo Vasquez Salazar.

Os fatos estão sendo investigados pela polícia civil. Tudo indica que os eventos são muito diferentes da versão oficial. Desta vez, é uma ação excessiva da polícia contra trabalhadores mobilizados.

Nesta nova batalha, nós trabalhadores sabemos que não estamos sozinhos e por essa razão nós informamos os sindicatos filiados à Federação Sindical Mundial e pedimos que tomem medidas adequadas para fazer valer nossos direitos e a todos os trabalhadores, reconhecidos pela a comunidade internacional, e aos ganhos alcançados através dos esforços e sacrifício de milhões de mulheres e homens que, muitas vezes, pagam com suas próprias vidas.

Mais uma vez, como em tantos outros momentos na história do nosso continente, a solidariedade internacional dos trabalhadores é urgente. Da mesma forma, é necessário que o Ministério do Interior rechace a perseguição e a criminalização dos protestos sociais.