Todos têm que ter responsabilidade com o país, afirma líder do governo

Dados do Ministério da Fazenda e do Planejamento apontam que o impacto da adoção de medidas como o reajuste de 59,5% dos servidores do Judiciário e a isenção de PIS/Cofins para o óleo diesel seria superior a R$ 127 bilhões até 2019.

“Precisamos buscar convencer o Congresso, o país, da inoportunidade [da adoção das medidas]. Nós vamos quebrar o País? Num momento como esse nós temos que dialogar bastante, principalmente com as forças políticas que têm responsabilidade com o País. Nem em condições normais nós teríamos condições de derrubar esses vetos, ainda mais frente à situação política e econômica que nós estamos vivendo. […] Os vetos precisam ser mantidos”, defendeu.

E ressaltou a responsabilidade da presidenta Dilma com o equilíbrio fiscal do país, ao tomar medidas cujo impacto não se dariam somente sob o seu governo, mas sobre os próximos, como a adoção da regra 85/95 fixa para a concessão de novas aposentadorias. Caso a regra tivesse sido mantida pela presidenta, o impacto sob os cofres públicos seria de R$ 135 bilhões até 2035.

Além disso, Guimarães destacou que o governo tem “cortado na própria carne” para garantir o equilíbrio das contas públicas e para adequar a máquina pública à nova realidade política e econômica do País e de sinalizar que a reforma administrativa do governo anunciada para os próximos dias será fruto de um diálogo profundo da presidenta com o Congresso Nacional.

“A presidenta está cortando na própria carne. Redução de ministérios, redução de gastos, principalmente em custeio, no funcionamento da máquina, redução dos cargos comissionados, passagem aérea, gasolina, alugueis. É um conjunto de medidas para sinalizar ao País que a presidenta não está de brincadeira, pelo contrário. […] Chega uma hora que todos tem que ter responsabilidade com o País. Não é só uma questão de governo, é com o país”, acrescentou.