Falece o dirigente do PCdoB-RS, Roberto Sum
O PCdoB do RS e do Brasil tiveram ontem (14) uma grande perda com o falecimento do dirigente estadual e secretário de Finanças do Comitê Estadual do RS, Roberto Sum. Ele sofria há algum tempo de insuficiência cardíaca, e veio a falecer às 14h desta quarta-feira, no Instituto de Cardiologia, em Porto Alegre.
Publicado 15/10/2015 14:55 | Editado 04/03/2020 17:09
O ex-deputado Raul Carrion, que no momento está em viagem no exterior, acompanhou a militância de Roberto Sum desde o início da década de 80. "Atuamos juntos no Direção Municipal do PCdoB de Porto Alegre desde os anos 80, na Direção Estadual e em diversas outras tarefas. Ele contribuiu como meu chefe de gabinete tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa. Foi coordenador de minhas campanhas em mais de uma vez. Nesses mais de 30 anos de militância – desde os tempos tenebrosos da ditadura militar – o camarada Roberto Sum revelou-se um comunista valente, fiel e inteiramente dedicado ao Partido", disse Carrion em mensagem enviada à direção estadual.
Roberto Sum ocupou diversos cargos de direção nos legislativos de Porto Alegre e do Estado do RS. Nestes locais, sempre teve como marca o trânsito e o diálogo com todas as forças políticas. "O Sum não escolhia tarefas. Para ele, qualquer tarefa que o Partido lhe atribuísse era importante, fosse a mais simples ou a mais complexa. Sua única ambição era servir ao Partido, contribuir para a sua contrução, ajudar no avanço da revolução", assinalou Carrion.
Outro dirigente que conviveu com Sum foi Edson Silva, que presidiu o PCdoB no RS no início da década de 80, além de de ter sido deputado federal. "Tomei conhecimento, com profunda tristeza, do falecimento do amigo Roberto Sum. Conheci o Sum, em Cruz Alta, na primeira metade da década de 90, através de militantes do PCdoB. Não tardou, convidei-o a se filiar ao Partido. Aceitou de pronto. Iniciava ali não apenas sua trajetória de militante, como uma relação de amizade, que se estendeu, logo, logo, a seus familiares – sua mãe (dona Beba), sua tia e sua irmã. A relação com eles prosseguiu quando se mudaram para o Rio de Janeiro."
Silva lastimou muito a perda do amigo. Também afirmou que Sum foi um entusiasta da sua militância, notadamente nas disputas eleitorais das quais participou. "Neste momento de tristeza sou muito grato a sua conduta, e a ele, em vida, assim manifestei", disse.
Para o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, o falecimento do camarada Sum representa uma grande perda para os comunistas gaúchos. "Sempre foi um militante e dirigente dedicado, com grandes contribuições para a construção do partido e das lutas do povo em favor de uma sociedade mais justa e socialista. Estamos todos consternados com a sua falta", disse.
O velório iniciou às 7h na Capela C do Cemitério Martin Lutero, que fica na rua Guilherme Schell, 467, na capital gaúcha. A cerimônia de cremação será às 18h.
Roberto Sum tinha 59 anos.