Evo Morales comemora recorde na presidência da Bolívia

O presidente boliviano, Evo Moraes, e membros do seu gabinete celebraram, nesta quarta-feira (21) o recorde permanência consecutiva no mais alto cargo do Estado Plurinacional da Bolívia. A celebração foi realizada na cidade arqueológica de Tiwanaca com oferendas e agradecimento à Mãe Terra.

Evo Morales e García Linera - ABI

Quando brilhou o primeiro raio de sol, Evo e seu vice, Álvaro García Linera, já estavam a postos na cidade arqueológica de Tiwanaca para receber o apoio e aprovação dos amautas (“homem sábio”, no idioma quéchua) pela eficiente gestão consecutiva realizada durante nove anos, oito meses e 27 dias.

“É uma alegria compartilhar com o povo boliviano este êxito, um a mais no processo de mudança. Quero dizer a todos que junto à equipe do gabinete viemos render homenagens ao nosso heroico Marechal Andres de Santa Cruz (presidente da Bolívia com maior mandato até então)”, afirmou Evo, que é o presidente cuja administração consecutiva acaba de se tornar a maior da história da Bolívia.

Evo fez uma breve síntese do legado histórico de Santa Cruz ao longo de sua gestão que iniciou em 24 de maio de 1829 e terminou em 17de fevereiro de 1839, devido à pressão das oligarquias locais que o depuseram. Reconheceu que nos primeiros seis anos do mandato do mandato do marechal a Bolívia se converteu em um país “estável e próspero, com potência a nível regional”. Destacou ainda a renovação realizada, à época, nas forças armadas e o esforço para alcançar a integração com o Peru.

Da mesma forma, fez uma retrospectiva de seu governo, e destacou algumas conquistas, entre elas o pagamento das dívidas deixadas pelos militares e neoliberais que “imperaram e saquearam o país”. Destacou a unidade do povo, os movimentos sociais e o corpo jurídico que vem defendendo a batalha da Bolívia por uma saída para o mar.

“Antes nosso país não tinha uma gestão política internacional estável, própria, e hoje tudo está ao contrário, a Bolívia tem sua política internacional bem formada, sólida e representada em todo o mundo”, afirmou Evo.

O presidente foi eleito pela primeira vez nas eleições de 2005. Durante o primeiro mandato aprovou a Nova Constituição do Estado Plurinacional da Bolívia, onde consta o direito à reeleição, e então se tornou o primeiro presidente a se reeleger no país. Agora o país debate novamente a questão da reeleição, para que Evo e Linera possam se candidatar uma vez mais, durante as eleições de 2019.