Esquerda venezuelana foca campanha eleitoral em programas sociais

As eleições parlamentares da Venezuela acontecem no dia 6 de dezembro e a campanha começou oficialmente nesta sexta-feira (13). A aliança de esquerda Grande Polo Patriótico (GPP) lançou fogos de artifício às 6 horas da manhã para marcar o início do processo democrático. O povo venezuelano vai votar para escolher 167 legisladores para a Assembleia Nacional.

Campanha eleitoral na Venezuela - AVN

A aliança de esquerda já demonstrou, durante o início da campanha nesta manhã, que o foco dos candidatos será ressaltar os programas sociais impulsionados pela revolução bolivariana, que tiraram milhares de venezuelanos da miséria e ampliaram o acesso a serviços básicos como saúde e educação.

Segundo um comunicado oficial de campanha, o GPP fará uma ampla mobilização “de casa em casa”, para ressaltar as conquistas sociais obtidas nos últimos 15 anos de revolução. Além disso, serão realizadas marchas e concentrações em praças públicas. O último dia de campanha é 3 de dezembro.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), durante o período de campanha os partidos políticos concorrentes, indígenas e candidatos podem conciliar a difusão de propaganda eleitoral através de TVs públicas ou privadas, com um máximo de três minutos não acumuláveis.

Também é permitido contratar transmissões radiofónicas em âmbito nacional e/ou regional durante um máximo de quatro minutos diários por prestador de serviço, assim como na TV, o tempo não é acumulável.

Os candidatos podem ainda pagar por espaços em periódicos de circulação nacional e/ou regional, meia página diária, independente de ser no formato standard ou tabloide.

Também é permitido contratar até três mensagens de texto semanais, não acumuláveis, com as operadoras de telecomunicações o ofereçam este serviço. Porém, não é permitida a difusão de propaganda eleitoral através de rede de telefonia fixa, móvel ou outra via diferente de mensagens de texto.

O CNE deixou claro que as entidades públicas e os distintos órgãos de poder nacional, regional e municipal não podem fazer campanha em atos de gestão. Da mesma forma que proibiu, durante o período eleitoral, a propaganda por parte de organizações não governamentais e partidos concorrentes.

Por outro lado, ficou determinado que o Estado de Exceção constitucional decretado em vários municípios fronteiriços com a Colômbia para combater o crime organizado não afetará as eleições parlamentares.