Ministra lança pedra fundamental da Casa da mulher brasileira em SP

Eleonora Menicucci, da secretaria especial de políticas para mulheres, esteve nesta quinta (10) em São Paulo e afirmou que a “política pública que engloba esta casa (da mulher brasileira) impedirá a via-crúcis que ela faz buscando todos esses atendimentos”. 

Lançamento da pedra fundamental da casa da mulher brasileira em sp - Fernando Pereira/Secom

A casa da mulher brasileira em São Paulo funcionará no bairro do Cambuci e deverá estar pronta para atendimento no final de 2016.

Reunir diversos serviços em um mesmo espaço físico. Esse é o diferencial do equipamento que terá acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidados com as crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.


A casa da mulher brasileira faz parte do programa Mulher, Viver Sem Violência da secretaria especial de políticas para as mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Com duas unidades funcionando, em Brasília e Mato Grosso, a secretaria planeja implantar 27 casas até 2018.

Para a secretária nacional da mulher do PCdoB, Liége Rocha, este equipamento público combate a impunidade e estimula as mulheres a denunciar agressões sofridas.

Ela definiu como um marco em São Paulo a casa Eliane de Grammond, inaugurada há 25 anos, no governo da prefeita Luiza Erundina, para oferecer atendimento integral nos casos de violência contra a mulher.

“Hoje viemos num crescendo com várias iniciativas e políticas públicas no combate à violência contra a mulher”, observou Liége. Ela enumerou a primeira delegacia da mulher, construída em 85, e ressaltou as leis Maria da Penha e do Feminicídio, esta sancionada em 2015.

“A casa da mulher brasileira se soma a esses esforços e é uma iniciativa importantíssima de enfrentamento à violência e acolhida das mulheres. Se ela sofre uma violência e não é bem acolhida é mais uma violência que a mulher tem que enfrentar”, comparou Liége.

Participaram da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da casa da mulher brasileira de São Paulo secretários municipais, parlamentares e entidades representativas do movimento de mulheres.

Conselho Municipal de Políticas para Mulheres

Nesta quinta também foi publicado decreto criando o conselho municipal de políticas para Mulheres na capital paulista. Eleonora disse que o conselho criado “responde uma reivindicação histórica com um lugar de participação política da sociedade civil, conferindo e auxiliando na criação de novas políticas públicas".

A secretária de políticas para as mulheres de São Paulo, Denise Mota Dau, o conselho consolida uma política de participação social das mulheres na capital. "Mas não é só uma fiscalização, é uma formulação conjunta com as várias entidades e representantes da sociedade civil sobre a política para as mulheres na cidade”, afirmou.