Por que Macri foi a Davos, mas não vai a Quito?

A Casa Rosada anunciou que o presidente argentino Mauríci Macri não vai comparecer à 4º Cúpula da Celac, que começa nesta quarta-feira (27), em Quito, no Equador. O comunicado afirma que devido a um acidente doméstico, quando brincava com a filha, ele sofreu uma fissura e está impedido de fazer esforços respiratórios. O acidente, no entanto, aconteceu ainda antes do Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, onde o presidente argentino fez questão de chegar um dia antes.

Mauricio Macri - Reuters

Ele será o único chefe de Estado a não comparecer à cúpula que reúne 33 países latino-americanos e caribenhos. De acordo com o comunicado da Casa Rosada, a vice-presidenta, Gabriela Michetti, irá representa-lo.

O diretor da unidade médica presidencial, Marcelo Ballesteros, explicou que o presidente já foi exposto a muitos esforços em Davos, e agora o mais prudente é que seja poupado, por estar “convalescente da patologia traumática torácica sofrida em 8 de janeiro”. A indicação médica desaconselha viagens a lugares de “altitude acima ou igual a 2400 metros”. Quito está a 2800 metros do nível do mar.

O anúncio de que Macri não vai participar da Cúpula levantou especulações. Nos últimos dias ele e o presidente venezuelano Nicolás Maduro fizeram comentários ácidos a respeito um do outro. Enquanto Macri acusa a Venezuela de anti-democrática e rechaça a presença do país no Mercosul, o mandatário venezuelano, por sua vez, afirmou que aguarda a oportunidade de estar “frente a frente” para falar o que pensa a respeito das eleições presidenciais da Argentina e do novo governo.