Unasul envia missão eleitoral para acompanhar plebiscito na Bolívia

Uma missão de acompanhamento eleitoral da Unasul (União das Nações Sul-americanas) será enviada à Bolívia para acompanhar o referendo constitucional que acontece neste domingo (21) no país para decidir se o presidente Evo Morales poderá se candidatar pela quarta vez ao cargo, em 2019.

Equipe da Unasul - Telesur

O secretário geral da Unasul, Ernesto Samper, comunicou por meio de uma nota oficial que o ex-chanceler do Uruguai, Roberto Conde, será o representante especial da missão, e o presidente do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do Paraguai, Jaime José Bestarde, será o coordenador do grupo de pessoas que vão fiscalizar todo o processo eleitoral a fim de garantir a manutenção da democracia da forma mais tranquila e transparente possível.

Samper chegará na Bolívia nesta quarta-feira (17) – dia que encerra as campanhas eleitorais pelo “sim” e pelo “não” para o referendo – para cumprir uma agenda de trabalho. Está prevista uma visita à sede do Paralasul, em Cochabamba, e uma reunião com o presidente Evo Morales.

Apesar da transparência exigida tanto para quem defende o “sim” – para a continuidade de Evo – quanto para quem defende o “não”, Evo e seu vice, Álvaro García Linera, enfrentaram, durante este processo democrático, uma ampla campanha de difamação impulsionada pelos apoiadores do “não” a fim de desprestigiar as conquistas da revolução democrática e cultural que melhorou a vida de toda a comunidade indígena boliviana.

Pesquisas de intenção de votos feitas pela Equipos Mori indicou que 41% da população está disposta a votar pelo “sim” e aprovar a emenda constitucional que permitirá a Evo e Linera se candidatarem uma vez mais. O “não” conta com 37% das intenções de voto dos bolivianos.

Segundo a presidenta do TSE da Bolívia, Katia Uriona, a instituição está cuidando de todos os detalhes para manter a segurança e a transparência durante a votação. “Estamos implementando todo um sistema a nível nacional de segurança nas atas, isto quer dizer que não existirá no processo nenhuma dúvida, tampouco alguma possibilidade de que não se respeite o que a votação da população expresse”.

Nos últimos cinco anos a Unasul já enviou 17 missões de acompanhamento eleitoral a vários países do continente, entre eles Equador, Peru, Colômbia, Paraguai, Bolívia, Guiana e Suriname.