Ministro denuncia investidas golpistas dos Estados Unidos na Bolívia

A Bolívia se converteu em um campo de batalha onde os Estados Unidos estão aplicando uma operação política encoberta de grandes proporções para tentar debilitar a confiança do povo no governo, afirmou o ministro da presidência, Juan Ramón Quintana.

Juan Ramón Quintana - Reprodução

Em entrevista à rádio Prensa Latina, o ministro afirmou que “a América Latina e a Bolívia estão sob um jogo para uma nova correlação de forças que tem muito a ver com o interesse dos Estados Unidos em dominar os grandes recursos naturais do país e frear os investimentos da China e da Rússia”.

Quintana considera importantíssimo o papel do presidente Evo Morales e sua liderança internacional em defesa dos mais pobres nesta disputa global de poder. “Isso explica a guerra suja para tentar desprestigiá-lo”.

O ministro denunciou, em um programa de TV local que a campanha impulsionada pela direita para o referendo, realizado em 21 de fevereiro, foi idealizada e financiada pelos Estados Unidos e implementada no país pelos setores mais reacionários. Ele acredita que este seja o sinal de um “golpe suave”.

“A falsa acusação de tráfico de influência contra Morales não se trata de uma denúncia de um investigador sério, mas sim de uma manobra politica montada cinco, seis meses antes, impulsionada por Carlos Valverde, um jornalista que é agende secreto dos Estados Unidos”, denunciou.

A suposta denúncia do jornalista foi repetida exaustivamente no país, e amplamente divulgada pelos meios de comunicação hegemônicos e pelos setores reacionários do campo político. Porém, o governo de Evo questiona não só a veracidade das acusações, como também a idoneidade do acusador. O jornalista é acusado de ser envolvido com o tráfico de drogas e receber orientações diretas de Washington.

“É preciso dizer ao povo boliviano que o presidente Evo se sustenta em um tripé moral, político e intelectual; que resgatou os recursos naturais com dignidade e soberania; reivindicou o orgulho da unidade nacional para transformar e desenvolver o país”, defendeu o ministro.