“Ainda que o ‘não’ vença, a luta segue na Bolívia”, diz Evo Morales

O presidente da Bolívia, Evo Morales, assegurou que independente dos resultados do referendo constitucional, realizado neste domingo (21), a luta contra o neoliberalismo continuará “porque existe um sentimento anti-imperialista que não se acabará”. Já passam de 80% das urnas apuradas e o “não” leva vantagem com 59,05% dos votos contra 40.95% para o sim.

Evo Morales - Divulgação/Prensa Palacio Bolivia

Independente do resultado, Evo garantiu que seu mandato seguirá firme até o fim, e continuará colocando em prática sua agenda de desenvolvimento.

As urnas que faltam ser apuradas são as das regiões rurais mais distantes, onde o presidente acredita que o sim será mais forte. Em coletiva de imprensa, reiterou que os setores rurais e os movimentos sociais foram fundamentais na campanha pela sim.

Afirmou ainda que em nenhum outro país da América Latina há uma relação com tanta proximidade entre o presidente e os movimentos sociais como acontece na Bolívia e ressaltou que em países capitalistas os movimentos são considerados “terroristas, igual como acontecia na Bolívia quando era governada pela direita”.

Guerra suja dos EUA

Evo denunciou a campanha financiada pelos Estados Unidos contra seu governo durante o processo do referendo. “Uma guerra suja através das redes sociais” que o presidente acredita ter influenciado nos resultados finais do processo democrático.

Para Evo, os setores da oposição não tem uma proposta de governo, a não ser criticar sua gestão.