Chico Lopes destaca vitórias e novos desafios das mulheres 

Entre os avanços conquistados pelas brasileiras, Chico Lopes destaca o reconhecimento dos direitos das trabalhadoras domésticas, avanço inestimável na luta pelo simples respeito a essa categoria, como a qualquer classe de trabalhadores, acrescentando os avanços quanto a direitos trabalhistas, acesso à educação e maior participação feminina na política.

"A PEC das domésticas assegurou a essas profissionais os direitos determinados pela legislação brasileira ao conjunto dos trabalhadores. No nosso País, às vezes o que deveria ser
normal, natural, precisa ser assegurado por lei", aponta o deputado.

"Hoje, pouco mais de dois anos depois da nova lei, já vemos um maior esforço da sociedade no sentido de vencer as resistências e de reconhecer que essas são profissionais que precisam ser tratadas com o mesmo respeito e os mesmos direitos garantidos pela lei a outras categorias", avalia Lopes.

"Apesar de revelar o quanto de preconceito ainda há em alguns setores da sociedade, esse debate contribuiu para melhorar o País, com reflexões importantes”, avalia Chico Lopes.

Para o deputado, apesar de ainda haver muito a percorrer, a evolução da mulher no mercado de trabalho como um todo é crescente e exemplificada também na presença feminina em postos de comando de grandes empresas de atuação nos mercados nacional e internacional. A sociedade brasileira também avançou quanto ao respeito a direitos importantes, como a ampliação da licença-maternidade.

"Precisamos seguir lutando contra as diferenças salariais, que ainda persistem, com mulheres ganhando em média 30% a menos do que homens, mesmo exercendo a mesma função. Isso é inaceitável. É um atraso histórico e precisa ser superado o quanto antes", conclama.

Por novos avanços

As brasileiras também alcançaram avanços na educação. Desde 2005, segundo dados do Ministério da Educação, as universidades brasileiras são mais frequentadas por mulheres que por homens (em média, 55% das matrículas são de mulheres). Elas são maioria também entre as concludentes de cursos superiores, representando quase 60% dos formados, percentual que se mantém constante, com pequenas variações, desde 2009.

“As professoras também são maioria entre os trabalhadores da educação. Foram fundamentais em todo o processo de luta que garantiu conquistas históricas desses profissionais, como o piso salarial nacional do magistério e o direito a um terço da carga horária para atividades extrassala”, reforça o deputado Chico Lopes.

"Agora estamos lutando pela ampliação do acesso das professoras e dos professores da rede pública a mestrado e doutorado. Apresentamos novo projeto de lei no Congresso Nacional, criando uma política nacional de acesso à pós-graduação, e já debatemos o tema com a Secretaria da Educação do Estado do Ceará", ressalta Chico Lopes.

Na defesa de Dilma e da democracia

Para o deputado Chico Lopes, a participação das mulheres na política, destacada com a eleição da presidenta Dilma Rousseff em 2010 e reforçada no Ceará com a eleição da professora Izolda Cela como vice-governadora em 2014, ainda tem muito a avançar. Mas passos importantes foram dados desde 1996, quando a legislação eleitoral brasileira estabeleceu que todos os
partidos políticos devem inscrever no mínimo 20% de mulheres entre seus candidatos em chapas proporcionais – mais tarde, o percentual subiu para 30%.

No Congresso Nacional, o PCdoB é um dos partidos de maior destaque quanto ao protagonismo feminino em suas bancadas. Parlamentares como Jô Moraes, Luciana Santos, Jandira Feghali, Angela Albino, Alice Portugal se tornaram referência no cenário nacional e assumiram a linha de frente na defesa do governo da presidenta Dilma, contra as tentativas de golpe e de desrespeito à democracia.

"Luciana é também a presidente do PCdoB, o que mostra que o nosso partido, o mais antigo em atividade no Brasil, dá o exemplo e põe em prática aquilo que defende, quanto ao protagonismo feminino, à conscientização social, à maior participação das mulheres na política", aponta Chico Lopes.

"São mulheres guerreiras, que estão firmes na defesa da presidenta Dilma e da democracia, além de reagirem à altura aos ataques, inclusive machistas, que sofrem no Congresso Nacional. Que venham mais mulheres, se somar à luta que é de toda a sociedade, por um mundo mais justo".