Governo venezuelano reitera apoio à presidenta Dilma Rousseff

O Governo venezuelano reitera, nesta quinta-feira (31), seu apoio à presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, ante as pretensões golpistas empreendidas por setores de direita contra a chefa de Estado.

Maduro e Dilma - Divulgação

"Agora querem tirar Dilma da presidência de maneira ilegal e levá-la à prisão, e esses planos provêm do imperialismo, do governo de Barack Obama", alertou sobre o tema o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro.

O presidente afirmou que a estadunidense Agência Central de Inteligência (CIA) desarquivou recentemente um documento no qual confessava sua participação no golpe de Estado perpetuado em 1964 contra o governo do brasileiro João Goulart.

Esse acontecimento submeteu a nação sul-americana a uma cruel ditadura de 20 anos, marcada por torturas, desaparecimentos e mortes.

Maduro recordou que tanto o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva como a atual presidenta Dilma Rousseff foram vítimas desse período que fez parte dos duros regimes instaurados na América Latina em meados do século passado com o apoio dos Estados Unidos.

"A Venezuela não vai deixar sozinhos Dilma e Lula, nem vai abandonar o povo brasileiro, a Venezuela bolivariana e revolucionária saberá estar à altura das circunstâncias se no Brasil se instaurar um golpe de Estado", assegurou.

O presidente venezuelano declarou que foi com a chegada do comandante Hugo Chávez, Lula e Néstor Kirchner à presidência que os povos do continente retomaram sua soberania e advertiu que, atualmente, Washington pretende destruir os governos progressistas da região.

"Perigosos estes meses finais do governo de Obama; esse é o legado que vai deixar, anti-latino-americano, antipopular; cheio de caos, violência e terrorismo", expressou Maduro, e acrescentou que o inquilino da Casa Branca pretende destruir o que tanto contou construir: o caminho da democracia e as redes populares.