Campelo Costa: Aos Amigos bons do meu Brasil

Por *Campelo Costa

Michel Temer - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Qual será o legado político do nosso país para as futuras gerações? Para mim, sempre será a liberdade. A liberdade intelectual e política como condição fundamental na busca de uma justa vida humana e na ordenação social, fundada no esforço para se eliminar a pobreza ou, pelo menos, a redução das desigualdades.

Para tanto dependemos, em maior e menor grau, de como podemos pensar a sociedade, os problemas da convivência democrática e civilizada na estruturação política, para a construção do desenvolvimento brasileiro.

Dito isto, sirvo-me o que disse um filósofo: “Onde se proíbe o dissenso, onde se perseguem as heresias, onde não se admite a pluralidade das formas de pensar e de criticar, bloqueiam-se os caminhos que conduzem a preservação da vida humana, cessam os processos civilizatórios cujos alvos são a exploração das possibilidades de uma vida feliz para o homem”. Promover estas condições deve ser o compromisso ferrenho dos cidadãos brasileiros, cuja prática justifica-se pela urgente realização de nossas virtualidades não cumpridas.

Tudo bem! É assim que eu enxergo. Contudo, neste momento, vive-se no Brasil um clima de confronto aguçado que divide o país e o coloca no ápice de uma paralisação generalizada que não serve aos interesses mais gerais do povo brasileiro. Atende e aponta para os interesses da dominação política, do capital financeiro e da corja de malfeitores e seus partidos que constituem o grosso do Congresso Nacional e arredores.

Ora, vejam só: Neste clima, para surpresa de muitos, assistiu-se na última segunda-feira, dia 11, uma inaceitável transmissão televisiva nada democrática, tão pouco, manifestação da livre expressão de uma opinião. Um embuste. Reparem na artimanha… Na dose cavalar da hipocrisia. O Temer, o vice-presidente Temer – este “Drácula Tupiniquim” – antecipou com a maior desfaçatez o resultado da votação da Comissão do Impeachment através de um discurso pífio, fuleiro, mentiroso e de sinistro cinismo. No geral, suas palavras confundem a população e contaminam a opinião pública; e no particular demonstram o seu caráter e de que substancia é feito.

Ficou evidente e visível o arranjo bombástico, a torpe orquestração enganadora forjada nos interesses mais vis do golpismo em curso e envolvendo a camarilha dos opositores do Governo e a grande mídia vendida.

Volto a afirmar: Isso não é democracia; isso não é liberdade de expressão; isso é Golpe.

É GOLPE!

O “Drácula” saiu do caixão e arrancou a máscara suja da traição e do oportunismo barato. Dele, emana o forte fedor da podridão malsã e da imperfeição de politiqueiros menores.

Amigos bons e camaradas! Permaneçamos em vigília, conscientes da urgência de resistirmos a todo preço. Juntemo-nos ao espírito livre da bela festa democrática que reuniu artistas, intelectuais, e autoridades no emocionante encontro sobre os arcos da Lapa e as bênçãos da cidade do Rio de Janeiro de São Sebastião.

*Campelo Costa é cidadão brasileiro

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