Secitece debate graduação para detentos

Oferecer formação em nível superior público dentro dos presídios cearenses. Essa é a proposta discutida na Secitece e que tem reunido representantes da secretaria e do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) de Maranguape, reconhecida pela qualidade no seu trabalho com educação à distância.

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A ideia envolve Secitece, Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) e Universidade Estadual do Ceará (Uece) com vistas à implementação do curso de graduação em Administração Pública na modalidade semipresencial para os reclusos em penitenciárias. “O objetivo é realizar uma inserção social e profissional, contribuindo para a minimização da reincidência criminal e exclusão social”, explica Juliana Campos, coordenadora da UAB de Maranguape.

Os candidatos deverão ser selecionados por meio da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PLL). Inicialmente, a proposta é ofertar duas turmas com 30 vagas cada, com aulas ministradas pela Uece.

Se implementada, a iniciativa colocará o Ceará como estado pioneiro no Brasil na oferta de ensino superior público para pessoas privadas de liberdade. A princípio, seriam beneficiados o Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, e a Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba.

Para tanto, o secretário Inácio Arruda deverá buscar apoio junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao MEC, como por meio do próprio Governo do Estado, visto que a iniciativa converge com as temáticas prioritárias "Ceará do Conhecimento" e "Ceará Pacífico".