Estudantes chilenos ocupam as ruas para pedir melhorias na educação

Milhares de estudantes secundaristas saíram às ruas na capital do Chile, Santiago, nesta quinta-feira (5) para exigir respostas do Ministério da Educação sobre o projeto de educação pública. Apesar da pauta justa, foram fortemente reprimidos pela polícia.

Manifestação estudantil no Chile - Efe

A convocatória foi feita pela Coordenadoria Nacional de Estudantes (Cones) e recebe apoio da Confederação de Estudantes do Chile (Confech).

Os estudantes exigem uma petição sobre o projeto de educação pública gratuita; uma transferência efetiva dos colégios públicos ao Estado e o fim do financiamento da educação pública através de linhas de crédito.

Isso porque, mesmo as escolas públicas do Chile cobram taxas e mensalidades que se acumulam ao longo da vida estudantil. É comum que pais comecem a pagar as tarifas educacionais dos filhos sem terem terminado de pagar as suas próprias, adquiridas ao longo da vida universitária, por exemplo. Por isso a luta por uma educação pública de fato gratuita mobiliza tanto a população chilena.

Em comunicado, as entidades estudantis afirmam que “não se pode prevalecer a vontade política para que a desigualdade siga sendo replicada”. E pede melhorias na “infraestrutura e nos equipamentos dos colégios públicos, conselhos escolares resolutivos e respeito à gratuidade universal da educação superior”.

Além do Chile, estudantes secundaristas estão mobilizados neste momento no Paraguai, onde exigem a renúncia da ministra da Educação, e no Brasil, em defesa da CPI da Merenda