Vamos para luta política e mobilização das ruas, anuncia senador
O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo até essa quarta-feira (11), defende a luta política e a mobilização das ruas para denunciar o golpe sofrido pela presidenta Dilma Rousseff. E o senador José Pimentel (PT-CE), que pediu exoneração do cargo de líder do governo no Congresso, avalia que “o que estamos assistindo é uma das maiores injustiças que eu já assisti na minha vida”, afirmou.
Publicado 13/05/2016 11:38
“Temos até 180 dias para mostrar aos brasileiros de todos os cantos deste país que esse governo interino do golpista Michel Temer é imoral, ilegítimo e ilegal. É um golpe contra a democracia. Vamos enterrar essa aberração no Senado e restituir a presidenta ao exercício do seu mandato”, afirmou Humberto.
E acrescentou que “a mudança de percepção sobre o impeachment já tem mudado. As pessoas acordaram para o fato de que estamos à beira de um grande retrocesso institucional.”
De acordo com o senador Humberto Costa, Dilma e Lula devem começar a viajar todo o Brasil para fazer a narrativa do golpe constitucional que quer apear, definitivamente, uma presidente legitimamente eleita pela maioria soberana da população.
Humberto Costa explica que o PT torna-se o maior partido de oposição do Brasil, não reconhece legitimidade no governo interino de Temer e vai fiscalizar detidamente todas as suas ações.
“Faremos uma oposição responsável e consequente, como PSDB e DEM não fizeram. Temos respeito pela nossa democracia, como a oposição a nós não teve, e jamais trabalharemos por pautas que prejudiquem o Brasil, forma como eles não agiram”, disse Humberto.
Carta à Dilma
Na carta endereçada à Presidenta da República, o senador José Pimentel agradeceu à Dilma pela confiança e destacou a honra de contribuir com a articulação política do governo federal, que resultou na aprovação de leis importantes para o país.
Ele afirmou que “diante da decisão do plenário do Senado, favorável à abertura do processo de impedimento de Vossa Excelência, dando mais um passo no golpe de Estado institucional, considero concluída a missão para a qual fui designado”.
Entre as leis aprovadas no período em que foi líder, o senador destacou o Plano Nacional de Educação (PNE), o Código Florestal, a reforma do marco regulatório dos portos, o programa Mais Médicos e a política de ganho real do salário mínimo. Também foram apontadas como políticas relevantes, aprovadas sob sua liderança no Congresso, a expansão das universidades e das escolas técnicas, a destinação de recursos do petróleo para os setores de educação e saúde, além das medidas de estímulo à economia e de convivência com a seca.