Eleger vereadores do PCdoB é continuar a luta pela democracia
Em meio a campanha de resistência ao golpe do presidente interino Michel Temer, os comunistas da Capital de São Paulo têm outra tarefa tão grande quanto a defesa da democracia. Trata-se da eleição municipal para prefeito e vereadores da maior cidade do País.
Publicado 17/05/2016 23:21 | Editado 04/03/2020 17:16
A eleição de 02 de outubro será fundamental para alinhar as forças políticas e, assim como foi em outros pleitos, a cidade de São Paulo terá uma disputa de cunho nacional. Para participar dessa batalha o PCdoB apresentará os seus melhores jogadores.
Lideranças mulheres, trabalhadores, enfermeiros, jovens, representante LGBTT, lideranças populares que foram escaladas no seio do povo para defender propostas de diferentes áreas e contribuir para que a cidade continue avançando.
Cerca de 80 candidatos se reuniram com membros da direção durante encontro que teve a participação da vice-prefeita, Nádia Campeão, e o presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo.
O presidente municipal, Jamil Murad, contextualizou a luta política e disse que o golpe sofrido há alguns dias é diferente de o de 1964. “As pessoas estão posicionadas. Existe uma ruptura característica de um golpe. É troca de diretrizes para a política do Brasil”, disse.
O presidente frisou as diferenças entre o PCdoB e os outros partidos e reforçou que a legenda começa com um curso para preparar ainda mais os pré- candidatos.
Sobre a gestão atual da Prefeitura, a vice-prefeita, Nádia Campeão argumentou que ela e o prefeito Fernando Haddad foram eleitos para desenvolver outra noção de cidade diferentes de outros prefeitos, como José Serra e Gilberto Kassab.
“Nossa noção é de uma cidade democrática que ninguém pode ficar para atrás. A nossa prioridade foram as políticas de inclusão, educação, saúde pública, mobilidade urbana e participação popular”, apresentou a vice-prefeita.
Apresentação do Programa Socialista
O curso começou com o programa socialista e o projeto nacional de desenvolvimento, caminho para transformações mais profundas em áreas estratégias, e foi apresentado pelo presidente da Fundação Maurício Grabois.
De acordo com Renato Rabelo, a projeto nacional de desenvolvimento – luta e aplicação – teve um passo importante a partir de um novo ciclo aberto por Luís Inácio Lula da Silva, expressão de as forças progressistas e populares.
“A elite brasileira nunca aceitou um projeto nacional de desenvolvimento. Quando no segundo período de governo de Getúlio Vargas a direita fez tudo para derruba-lo e usaram a corrupção como bandeira. Com João Goulart, quando começava a implantar as reformas de base, a saída também foi fazer um golpe”, defendeu Renato.
O deputado federal e presidente estadual da sigla, Orlando Silva também participou do encontro e afirmou que o papel do PCdoB é mudar estruturalmente o Brasil. “Nosso Partido existe para fazer uma mudança radical no País e essa mudança não é só de dois em dois anos, mas todos os dias”.