Novos agentes da CIA operam contra o Equador, diz Rafael Correa
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta segunda-feira (13), que desde 2008, quando a agente da CIA Leila Hadad Pérez foi expulsa de seu país, outros novos agentes trabalham de Miami, nos Estados Unidos, para desestabilizar seu governo.
Publicado 14/06/2016 15:54

Correa explicou que depois da expulsão da agente Leila Hadad Pérez do Equador, os novos agentes trabalham nos Estados Unidos, não chegam a ir para seu país, a fim de evitar uma nova expulsão.
O jornal equatoriano El Telégrafo, denunciou nesta segunda-feira (13), um fortalecimento da CIA na região para intervir de diferentes formas nas dependências estratégicas do país. A partir desta notícia, a emissora multiestatal TeleSur recordou que, em 2008, Leila Hadad Pérez se perdeu de seu objetivo principal no Equador, que era, a princípio, influenciar na nomeação e oficiais militares e policiais com o pretexto da luta anti-drogas.
A TV denuncia que Leila Hadad, apesar de ser libanesa, tinha uma falsa cidadania equatoriana e com isso constituiu uma agência de recrutamento de pessoas sob a orientação dos Estados Unidos para agir em um plano de desestabilização do governo de Correa. À época, o time foi composto por políticos influentes da direita, militares afastados e jornalistas locais.
O objetivo de Leila Hadad era controlar e dirigir a inteligência da polícia e das Forças Armadas do Equador. Alguns relatos dão conta que ela era muito influente na organização do quadro militar. Porém, a estratégia fracassou quando a base militar de Manta foi fechada, em 2009.
Desde então, um novo plano de ingerência é orquestrado, desta vez, não mais sob os olhos de Correa e sim direto dos Estados Unidos. Esta é a denúncia feita pelo presidente, o único da América Latina que já sofreu um atentado. No dia 30 de setembro de 2010 ele foi sequestrado por uma célula desertora das Forças Armadas e permaneceu horas em cativeiro, quando foi resgatado pelos oficiais leais à Constituição e às leis.