Prisão de Julian Assange é tema de simpósio no Equador

Julian Assange está, há quatro anos, preso na embaixada do Equador, em Londres, Inglaterra. O caso do ciberativista será o tema central de uma série de conferências realizada pelo Centro Internacional de Estudos Superiores para a América Latina (Ciespal) entre os dias 20 e 24 deste mês. O próprio Assange vai participar de uma mesa, por meio de videoconferência, além dele, outros especialistas renomados como Noam Chomsky e Ignacio Ramonet.

Julian Assange - Divulgação

Segundo Francisco Sierra, diretor do Centro localizado no Equador, o objetivo do evento é questionar a liberdade de informação e os direitos humanos. “Acreditamos que na verdade o problema de Julian Assange é a liberdade de informação, que quando não há liberdade de informação, de movimento e de reunião, não há direitos humanos. Portanto, o primeiro direito é o direito à comunicação e queremos colocar isso em evidência, que o caso de Assange é um grave problema de direito à comunicação”, denunciou.

Sierra explica que a série de conferências tem dois objetivos: o primeiro é reivindicar os direitos negados a Assange e o segundo é colocar na agenda de debate de ciberativismo o que significa o Wikileaks. “É um programa intensivo, creio que a magnitude do que estamos debatendo é um esforço do Ciespal para implementar na agenda pública estes temas”.

Durante os cinco dias de atividade os debatedores vão ter acesso às mesa: O Caso de Assange à luz do Direito Internacional e dos Direitos Humanos; Geopolítica e Lutas no Sul, Tecnolopolítica e Ciberguerra; Do “Pentagono Papers” ao Panamá Papers.

O evento contará com a participação de especialistas renomados de várias partes do mundo, entre eles Noan Chomsky (Estados Unidos), Ignacio Ramonet (França), Baltasar Garzón (Espanha), Emir Sader, Amauri Chamarro e Carol Proner (Brasil).

Um dos pontos altos do evento será o lançamento do livro de Assange, apresentado por Ramonet: “Quando o Google Conheceu o Wikileaks”.