Senador cobra continuidade do Programa Mais Médicos 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu a votação da Medida Provisória (MP) que prorroga por mais três anos o Programa Mais Médicos, criado em 2013. E também criticou a possível redução, pelo governo do presidente ilegítimo Michel Temer, do recrutamento de médicos estrangeiros.  

Mais Médicos contribui para melhorar atendimento aos povos indígenas

Para o parlamentar, o Programa é o “encontro entre médicos que têm paixão no fazer e pessoas que têm a necessidade de ser atendidas". Ele disse que de sete a 10 mil médicos atendem os mais pobres e desamparados no que chama de “Brasil profundo” — comunidades localizadas especialmente no Norte do país, como Arquipélago do Bailique, um grupo de oito ilhas no leste do Amapá.

“ Os profissionais também atendem povos indígenas que antes não tinham nenhum atendimento médico”, destacou o senador.

Caso a MP perca sua eficácia sem ser votada, a partir de julho, os médicos estrangeiros voltarão para seus países de origem, sem perspectiva de substituição, alertou Randolfe, acrescentando que o fim do Mais Médicos é um “genocídio contra o povo brasileiro”.

“Nos próximos meses, se ocorrerem mortes nesses municípios que têm atendimento médico; se ocorrerem mortes pela ausência da continuação do programa, pela ausência de médicos, a responsabilidade é do presidente da República e do atual ministro da saúde”, disse.

Sem cumprimento

O parlamentar voltou a cobrar a instalação imediata de comissão mista para exame da Medida Provisória (MP) durante sessão de votação no plenário do Senado. Ele lembrou que as medidas provisórias devem trancar a pauta de votação a partir do 45º dia de sua edição, para evitar que decorra o prazo em que perdem sua eficácia.

O senador reclamou que, decorridos 45 dias de tramitação da MP no Congresso, a comissão mista sequer foi instalada.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assegurou nesta quarta-feira (15) que o Congresso Nacional “fará o que for possível” para garantir os recursos mínimos para continuidade do Programa Mais Médicos. E se comprometeu a conversar com o presidente Michel Temer, para assegurar a manutenção do programa.