Presidente da OAB /ES defende convocação de plebiscito

 Ontem (12), na abertura da solenidade de lançamento do comitê local do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), na sede da Ordem, em Vitória, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, defendeu a convocação de um plebiscito para que a população possa decidir pela realização de novas eleições para presidente da república.

Lançamento MCCE

Claudio Machado*

Homero considera que essa alternativa não é fácil de ser implementada, mas que é por intermédio deste mecanismo de consulta popular é que será possível superar a crise política.

O presidente da seccional afirmou em seu discurso de abertura do evento que “…há um mandamento fundamental na Constituição que diz que todo o poder emana do povo. Não estaria na hora de consultarmos o país após o desfecho do processo de impeachment? Se o povo quer manter o vice-presidente ou a presidente eleita no cargo? Ou será que o desejo é por novas eleições diretas? Como fazer? Nós temos que buscar uma alternativa, mas temos que ter a consciência que todo poder emana do povo. É preciso buscar a radicalidade democrática e ela está em consultar o povo”.

Homero Mafra fez uma corajosa defesa de uma proposta que pode ser o único caminho capaz de repor o Brasil no caminho da democracia, uma vez que, seja qual for o resultado do plebiscito, a crise política que se arrasta e arrasta o Brasil para uma longa agonia, poderá finalmente ser debelada, pois como disse Aldo Arantes em uma publicação no Vermelho, “tal alternativa coloca nas mãos do povo a saída para a crise, podendo tornar-se elemento catalizador de amplas forças políticas e sociais”.

Fora desse caminho, o que nos aguarda? Lutaremos, sem esmorecer para derrotar o golpe e para que a presidenta retome seu lugar de direito, determinado pelas urnas nas eleições presidenciais de 2014. Mas e depois? Terá ela governabilidade, apoio popular para implementar as verdadeiras mudanças exigidas pelo país, como a reforma política, tributária, agrária e tantas outras, que estão na agenda brasileira desde  Vargas?

É provável que não, é mais provável que a crise política se agrave mais ainda, pois com o retorno de Dilma, os golpistas terão sido derrotados 5 vezes e 4 eleições. Não ficaram de braços cruzados aguardando o encontro marcado com Lula nas eleições presidenciais de 2018.

Não, não ficarão de braços cruzados. Irão investir pesado para impedir que ela governe, para que seu governo, nosso governo, sangre cada vez mais e chegue em frangalhos às portas da sucessão presidencial.

Ao contrário, se o povo decidir pela sua continuidade, ela terá o apoio popular necessário para que implemente os compromissos assumidos na campanha de 2014 e até possa ir mais além.

Plebiscito Já, para que o povo decida o melhor caminho a seguir.

*Claudio Machado é secretário estadual de comuicação do PCdoB, coordenador capixaba do núcleo do Barão de Itararé e vice presidente da Casa da América Latina, "Liberdade e Solidariedade" – CALLES