Deputados do PCdoB-BA avaliam derrota de aliado de Cunha na Câmara
O PCdoB não conseguiu emplacar candidatura própria no primeiro turno da eleição para presidência da Câmara Federal, na última quarta-feira (13/07), mas, os parlamentares comunistas avaliaram como positivo o resultado final, no segundo turno, pelo fato de ter significado a derrota do candidato aliado de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), Rogério Rosso (PSD/DF), tido como favorito. A vitória ficou com Rodrigo Maia (DEM/RJ).
Publicado 14/07/2016 12:07 | Editado 04/03/2020 16:14
“É uma demonstração da fragilidade da articulação política do governo Temer. Não há dúvida que o interino trabalhou pela eleição do Rosso, candidato do Centrão. Foram derrotados. Isso terá repercussão na base e na ação do governo golpista”, explicou Daniel Almeida (BA), líder da bancada comunista.
No primeiro turno, a bancada comunista apresentou a candidatura de Orlando Silva (SP). No segundo turno, quando a disputa esteve entre Maia e Rosso, o apoio foi para o deputado do DEM, com o objetivo de derrotar o ‘Centrão’, bloco liderado por Cunha, segundo Daniel Almeida.
“É a fragilização e a derrota definitiva do período Cunha e de seu grupo na Casa. Essa votação mostra que o Parlamento está buscando um novo caminho, a recomposição de seu funcionamento. Mostra para Cunha que não haverá manobras para manter sua influência”, disse o líder da bancada.
Davidson Magalhães (BA) completou que, na ocasião, não estava em jogo quem é a favor o impeachment e de Temer, mas a derrota de Cunha. “Não podíamos deixar Cunha continuar no comando da Casa. Essa votação representou um corte fundamental com a administração Cunha e estimula a possibilidade de cassá-lo. Cunha é um símbolo da corrupção e da manipulação política. Isso tem de acabar para que o Congresso funcione. As votações ocorriam a fórceps. Temos de abrir o Parlamento novamente para a sociedade”.
A deputada Alice Portugal (BA) foi liberada para votar livremente e decidiu anular o voto.