#ForaTemer: Ato reúne mais de 10 mil pessoas em Fortaleza

Em defesa do Brasil, da democracia e do mandato legítimo da presidenta Dilma, o ato liderado pela Frente Povo sem Medo contou com o apoio de partidos políticos, dentre eles o PCdoB e o PSol, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juventude, trabalhadores e trabalhadoras, representantes de sindicatos, federações e diversas frentes dos movimentos sociais que, unidos, lutam contra o governo de Michel Temer.

E foi sem medo que o povo ocupou as ruas. A manifestação plural, diversificada e democrática reuniu do popular à classe média, vários setores da sociedade civil organizada como médicos, professores, jornalistas, advogados e profissionais liberais.

E a aceitação da manifestação foi surpreendente. Pela primeira vez realizada num domingo, também voltada para a área reduto dos “coxinhas” e no mesmo dia de uma manifestação deles em defesa do impeachment, o apoio às bandeiras da esquerda foi empolgante. Nos prédios, nos carros, nos comentários das pessoas que acompanhavam a caminhada da calçada, aplausos de quem estava nos transportes coletivos. “Volta, querida!” era ouvido junto com o “Fora Temer”.

Em alguns trechos, a Polícia Militar interferiu no trajeto, fazendo desvios para evitar o confronto entre os dois grupos. Num deles, no cruzamento da Avenida Historiador Raimundo Girão com a Rua Ildefonso Albano, área nobre de Fortaleza, os manifestantes se dirigiram à classe trabalhadora, especificamente às domésticas, porteiros e prestadores de serviços. “Vocês devem saber quem está do seu lado, quem defende o Bolsa Família e os programas sociais do Governo”.

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A caminhada saiu da Praça Cristo Redentor (Seminário da Prainha), seguiu pelas Avenidas Historiador Raimundo Girão, Abolição e Beira Mar até o Náutico Atlético Cearense.

Apesar de ser reduto “coxinha”, no final do ato teve Buzinaço em defesa da democracia.

A Frente Povo sem medo considera que o governo interino de Temer se coloca como “o mais perigoso aos trabalhadores brasileiros em nossa história recente”, e justifica: “Por não ter sido eleito por ninguém e aparentemente não buscar reeleição, coloca-se numa situação em que não precisa prestar contas à sociedade. Está habilitado a praticar o mais severo programa de retrocessos, sem pagar preço eleitoral por isso. Esta é uma situação dos sonhos para o grande capital. O golpe, como alertamos, é contra os trabalhadores”.

Dentre as bandeiras defendidas pela frente está a necessidade da realização de uma consulta popular que decida sobre novas eleições presidenciais. “A Frente Povo Sem Medo entende que, diante de um governo biônico e com uma pauta de duros retrocessos, o povo deve ser chamado a decidir. Neste sentido, a proposta de um plebiscito sobre a antecipação ou não das eleições, defendido mais de uma vez pela própria presidenta Dilma, pode ser uma bandeira aglutinadora para somar mais forças na luta contra o golpismo”.

Além dos atos realizados em várias cidades do país, o domingo também teve atividades em Madrid, Amsterdã, Berlin, Lisboa, Washington e Barcelona.