Acertos e erros de presidente colombiano na metade do governo

Acertos e erros do presidente Juan Manuel Santos na primeira metade de seu governo, no segundo mandato, são postos hoje na balança na Colômbia por partidários e opositores. Para analistas locais, depois de seis anos no poder, e com a paz como sua principal aposta política, Santos não conta no entanto com altos índices favoráveis nas pesquisas de opinião pública; outros opinam que não obstante tem resultados positivos para mostrar.

Juan Manuel Santos - Divulgação

No âmbito da paz, se presume que se for concluído todo o processo pacificador como está previsto nesta parte final das conversas com as FARC-EP, passará para a história como o presidente da paz, meta sobre a qual se debruçou desde o primeiro dia em que entrou à Casa de Nariño em 2010. O jornal El Tempo de Bogotá afirma que a nível internacional não só conseguiu normalizar a relação com os países vizinhos, como também projetou a Colômbia como um destino de investimento atraente e de cujos cidadãos já não se lhes exigem visto para viajar de 69 países e 14 territórios.

No entanto, para seus oponentes a situação econômica do país apresenta os maiores problemas e onde as perspectivas de avanço são mais complicadas, sobretudo com a atual expectativa de levar adiante uma nova reforma tributária que não goza de apoio na sociedade.

Entre os tópicos que se pontuam como favoráveis para Santos nestes dois anos de administração, se destacam cifras de desemprego menores e a redução da pobreza, o que conferiu certo crédito ao atual governo.

O próprio mandatário fez um balanço de seus atinos em uma fala pública no último sábado, quando afirmou que a pobreza extrema foi reduzida para a metade e se criaram mais de três milhões de empregos em seu governo, ao mesmo tempo em que destacou outros avanços na educação.

Apesar disso, não passa por alto a difícil situação econômica sofrida desde o início do ano passado com a crise mundial do petróleo e a forte desvalorização da moeda nacional, o que reduziu o poder aquisitivo da população, enquanto muitos dos paliativos oficiais para frear a situação de crise não deram resultados imediatos.

A oposição também não deixa de enfatizar uma inflação que atinge atualmente 8,97 por cento e um aumento praticamente sustentado do custo da cesta básica, no que influem diferentes fatores, até de tipo climático.