PCdoB-CE: Comitê Estadual avalia Conferências Eleitorais Municipais

Em reunião ordinária do Comitê Estadual do PCdoB-CE, realizada no último domingo (07/08), dois dias depois do encerramento do prazo legal para as convenções eleitorais municipais, o Partido fez um balanço dos encontros, avaliou e deverá referendar as decisões dos coletivos partidários. Segundo norma estatutária, só com o referendo do Comitê Estadual, as convenções municipais serão validadas. O encontro também avaliou o cenário político que surge como pano de fundo para as eleições municipais.

PCdoB-CE: Comitê Estadual avalia Conferências Eleitorais Municipais

Para o presidente estadual do PCdoB-CE, Luís Carlos Paes de Castro, o Partido no Ceará chega ao final desta primeira etapa da disputa eleitoral de 2016 “vitorioso”. “Desde 2015, ainda como encaminhamentos da nossa Conferência Estadual, que produziu resolução política onde foi destacada a importância do projeto eleitoral dentro de uma luta política ampla travada no Brasil, e apesar de a disputa ser local, sobre a cidade, as eleições teriam como pano de fundo o cenário nacional, e isso iria influenciar o debate e a luta concreta. É o que estamos vendo”.

Naquela época, acrescentou Paes, “a resolução política chamava atenção da importância de reforçarmos um projeto ousado e com chances de obtermos êxito”. “Dentro das nossas limitações, fomos para o interior do Estado, realizamos encontros regionais preparando o Partido para a disputa eleitoral, incentivando o PCdoB a apresentar candidaturas, sempre levando em conta a realidade de cada município, visando acumular forças”.

O dirigente comunista destacou a realização dos cursos preparatórios realizados em todas as regiões do Ceará. “Ao todo foram 24 cursos onde envolvemos mais de 700 quadros, entre pré-candidatos, dirigentes do Partido e lideranças populares. Além das questões locais, também abordamos a mobilização do PCdoB na luta contra o golpe, discutimos o projeto eleitoral e as recentes mudanças na legislação”, citou.

Convenções Municipais

Os números mostram o trabalho intenso feito pelo PCdoB e demonstram a expectativa positiva para as próximas eleições. Das 156 cidades onde o Partido está organizado no Ceará, foram realizadas 149 convenções municipais. “Na eleição passada, foram 123 convenções. Este ano avançamos os debates em mais 26 cidades. E isto é altamente positivo”, comemora Paes.

O PCdoB apresentará candidatura a prefeito (a) em 24 municípios e 21 comunistas disputarão como vice-prefeito (a), em todas as regiões do Ceará. “Ao todo, teremos cerca de 600 candidatos disputando cargos”, projetou.

Além das questões locais, as convenções municipais serviram como ponto de partida para as campanhas. “Pudemos constatar grande disposição e animação tanto da nossa militância quanto dos candidatos. Estamos animados, mas são as campanhas nas ruas que darão o tom das nossas candidaturas. Estamos bem posicionados e poderemos eleger um número maior de prefeitos e vereadores se comparados às eleições anteriores”, avaliou Paes.

Cenário nacional como pano de fundo

Mesmo diante das peculiaridades eleitorais locais, as eleições deste ano terão em comum um grande desafio: a luta que se trava no Brasil, o golpe em curso com o afastamento da presidenta Dilma. “O golpe está prestes a ser consolidado. Apesar da intensa luta e das mobilizações populares, não conseguimos reunir forças suficientes para barrá-lo. Vivemos um momento de retrocessos com relação aos direitos sociais, dos trabalhadores, de desnacionalização da nossa economia e de restrições democráticas. E é contra isso que temos que lutar também”, defendeu Paes.

Sobre algumas coligações pontuais, o dirigente comunista diz ser necessário fazer política ampla, pensando no país e no crescimento do Partido. “Por mais revolucionários que os comunistas sejam, sozinhos não conseguiríamos. Temos que reforçar sim nossa aliança com o povo, fazer uma política ampla para tentar barrar a escalada dos fascistas, dos conservadores e daqueles que não têm compromisso com o país nem com a democracia. Isolamento político não nos ajudará a enfrentar esta batalha”, defendeu.

Paes reforçou ainda a importância do fortalecimento do PCdoB junto aos movimentos sociais e suas diversas frentes, dentre elas sindical, mulheres e juventude. “Em função desse objetivo, nossa força política também precisa jogar um papel destacado. Somos um Partido de raízes, história e ação”.