Luciano Siqueira: Dia de resistência

Sete de Setembro é um marco importante na história do Brasil, em sua trajetória de formação da nacionalidade.

Por Luciano Siqueira*

manifestação bandeira do brasil

Hoje, o Sete de Setembro é marcado pela absoluta necessidade da resistência à política externa adotada pelo governo Temer, de retorno à subserviência aos Estados Unidos da América do Norte.
Nos últimos treze anos, a partir do primeiro governo Lula, o Brasil se afirmou na cena política internacional como nação soberana, praticando a diversificação das relações comerciais e diplomáticas e escapando ao círculo de influência norte-americana.

Vinha contribuindo de maneira marcante para busca de convergência de interesses e unidade de ação entre os países do subcontinente sul-americano, da América Central e do Caribe.

Agora, sob o governo Temer, há um acelerado retorno à postura subalterna ao bloco liderado pelos EUA, entrelaçado com o realinhamento às políticas de cunho neoliberal.

Isto em concomitância com a imagem negativa do País no concerto internacional a partir da consumação do impeachment da presidenta Dilma, sem que se tenha comprovado a prática do crime de responsabilidade, nivelando o Brasil a países como o Paraguai e El Salvador, onde se praticaram golpes de Estado semelhantes.

A questão da soberania assume, portanto, destaque na agenda da resistência popular e democrática ao atual desmonte do Estado nacional e das políticas sociais inclusivas e da regressão de direitos dos trabalhadores.

Um novo tempo de resistência, de luta e de reafirmação dos nossos compromissos com a construção de um Brasil progressista, socialmente justo, democrático e, sobretudo, soberano.
A luta seque. Estamos juntos.