Israel ajuda terroristas na Síria, diz parlamentar do país

Um parlamentar israelense criticou o regime de Telavive por apoiar terroristas takfiri que estão lutando na Síria para derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad.

Membros do grupo terrorista Jabhat Fateh al-Sham sentados em uma vala na cidade síria de Alepo no dia 6 de agosto

Em um post no Facebook, no domingo (11), Akram Hasson disse que o grupo terrorista Fatah al-Sham, anteriormente conhecido como Frente al-Nusra, está operando na Síria com apoio “sem precedentes logístico e médico” de Israel.

Ele disse que a recente escalada de ataques de Israel contra as posições do exército sírio nas Colinas de Golã, são destinadas a preparar o caminho para o grupo terrorista ganhar mais terreno.

Golã pertence à Síria, e a comunidade internacional nunca reconheceu a ocupação de cerca de 1.200 quilômetros quadrados (460 milhas quadradas) do território de Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e sua posterior anexação.

Dezenas de assentamentos ilegais foram construídas na área ao longo dos anos, enquanto o regime de Israel tem usado a área para lançar ataques contra o governo sírio e seus aliados.

Israel recentemente intensificou os ataques aéreos nas Colinas de Golã, visando o exército sírio e o movimento de resistência libanês Hezbolá, que está ajudando Damasco na luta contra os terroristas takfiri.

O parlamentar israelense disse ainda que o grupo terrorista Fatah al-Sham bombardeou a aldeia síria drusa de Khadr, com o apoio do ministro israelense de Assuntos Militares Avigdor Lieberman.

“Esta nova estratégia liderado por Lieberman desde que tomou posse, reforçou a Frente Nusra e está levantando a cabeça para atacar os nossos irmãos”, escreveu Hasson.

Citando testemunhas, Hasson disse que o grupo terrorista Takfiri está usando equipamento tecnológico avançado, adicionando suporte estratégico de Israel, que foi ampliado ao longo dos últimos meses.

A Síria tem sido dominada por militância estrangeira desde março de 2011. O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, estima que mais de 400 mil pessoas morreram no conflito.

Damasco responsabilizou atores regionais, incluindo a Arábia Saudita e Israel, por apoiar militantes takfiri dentro do país.