Vagner Freitas e Boulos criticam perseguição ao ex-presidente Lula

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e o coordenador geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, criticaram a ação do Ministério Público Federal em denunciar o ex-presidente Lula nesta quarta-feira (14) por comandar um suposto esquema de corrupção na Petrobras. 

Vagner Freitas e Boulos criticam perseguição ao ex-presidente Lula - CUT e Mídia Ninja

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a investigação é seletiva e tem como objetivo minar qualquer chance da volta de um modelo de governo calcado no desenvolvimento com distribuição de renda.

“Hoje o Brasil viveu um dia triste, porque uma investigação seletiva, que não é republicana, tentou expor para o mundo como comandante da corrupção o maior comandante da esperança do povo brasileiro”, definiu.

Vagner destacou que o motivo da perseguição a Lula é ter mudado a forma como o governo enxergava o país, de um lugar para poucos, e transformá-lo numa República para muitos.

“Lula é comandante da retirada de milhões de pessoas da linha da miséria, comanda os trabalhadores para que seus direitos não sejam vilipendiados, comanda a esperança de termos um Brasil que não seja apenas para alguns, de termos futuro para nós e para nossos filhos. E que esse futuro não seja atrelado aos interesses do capital internacional. Isso fez com que fosse colocado de maneira infame como chefe de quadrilha”, criticou.

O dirigente ainda ressaltou que a CUT estará ao lado do ex-presidente. “Nós, da CUT, sabemos que defender os trabalhadores é defender nossa autonomia e independência, o pré-sal, os investimentos em saúde e educação públicas de qualidade, a manutenção dos direitos e, portanto, defender Lula, que representa tudo isso. Nós estaremos juntos para que o país continue crescendo e não tenhamos nenhum retrocesso”, falou.

Boulos: “Seletividade escandalosa”

Guilherme Boulos declarou em sua página nas redes sociais que a ação contra Lula é de uma “seletividade escandalosa”. 

“Cunha solto. Perrela, Jucá e Aécio no Senado. Capez presidindo a Assembleia paulista. E Lula indiciado como chefe-maior da corrupção. Isso é mais uma evidência de que a perseguição a Lula não é por conta de seus erros. Lula está sendo atacado por aqueles que sempre representaram o que há de mais retrógrado e corrupto na sociedade brasileira. E por um Judiciário de seletividade escandalosa. Este linchamento não passará sem reação”, alertou Boulos.