Petroleiros cearenses rejeitam proposta e aprovam paralisações
Após deliberação por maioria nas últimas assembleias, petroleiros cearenses iniciarão o calendário de lutas contra a última proposta apresentada pela direção da empresa e contra a privatização da Petrobrás.
Publicado 23/12/2016 10:48 | Editado 04/03/2020 16:24

O calendário de lutas iniciará com uma paralisação de 24 horas, a partir das 6h30 desta sexta-feira (23), com concentração no portão B da Lubnor. Para as bases offshore a orientação é a não emissão de PT por 24h, iniciado às 0h desta sexta-feira (23).
Assembleias
Os trabalhadores também se manifestaram contra a discussão de assuntos que não fazem parte do termo aditivo, como a redução da jornada de trabalho com redução salarial e perdas de direitos. As mobilizações indicadas também terão o caráter de protestar contra a venda de ativos, as privatizações e a perda de direitos da categoria.
Segundo o presidente do Sindipetro CE/PI, Oriá Fernandes, a Petrobras está tirando direitos conquistados, "A categoria cearense precisa reagir contra as injustiças que estamos sofrendo, um dos exemplos é que recentemente 15 Petroleiros ficaram prejudicados tendo avaliação inferior e só vão receber nível por antiguidade de 24 meses, teve Operador que teve elogio formal por ótimo trabalho, mas mesmo assim foi avaliado como inferior. Isso é um absurdo", relatou.
Parcial de outros Estados
Em todos os Sindipetros do País, a maioria da categoria não aceitou assinar o termo aditivo do ACT, com reajuste inferior ao índice da inflação do período.
No Norte Fluminense, por exemplo, 90% das plataformas aprovaram o indicativo de rejeição da proposta e 77% aprovaram o indicativo de paralisação a partir do dia 23. No Sindipetro PE/PB, o resultado parcial das assembleias rejeita a proposta apresentada pela Petrobras e Subsidiárias com 175 votos, enquanto 31 trabalhadores aprovam o parecer e 23 se abstiveram. Sobre as paralisações, foram contados 146 votos a favor, 63 rejeições e 50 abstenções.