Entrevista: Carina Vitral ratifica relevância da Bienal da UNE

Ser preto no Brasil hoje, é sinônimo de opressão – especialmente se for pobre. E a juventude negra da periferia é a que mais sofre com isso, sendo vítima da criminalização e da estrutura militar da polícia brasileira. Foi sobre isso que a peça "Todo camburão tem um pouco de navio negreiro", do Grupo Nóis de Teatro, tratou na 10ª Biebal da UNE,  nesta segunda-feira (30).

A Bienal da UNE debate entre outros temas, cultura, política, resistência e comunicação, entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro, em Fortaleza no Ceará. A entidade conta com a participação de mais de 5 mil estudantes, de todos os estados brasileiros. Debatedores de renome participaram do encontro de jovens universitários como o ex-ministro Aldo Rebelo e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Além de Juca Ferreira, Franklin Martins, Inácio Arruda, Chico Lopes e Evaldo Lima.
 

Tico Santa Cruz, Eryk Rocha (filho de Glauber Rocha), Juca Ferreira, Ciro Gomes, Vanessa Grazziotin, Luciana Genro, Evaldo Lima, entre outros, são atrações do domingo (29), na programação de shows e debates sobre cultura e política. Segunda (30) tem Gaby Amarantos e terça (31), Emicida.

A Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina, chega à sua 10ª edição e celebra seus quase 20 anos de existência com uma verdadeira ocupação cultural de Fortaleza. Entre quarta-feira, 29/1, e domingo, 1/2, mais de 5 mil estudantes vindos de todas as regiões do País vão se integrar ao povo cearense e fazer do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e da Praia de Iracema a referência da produção artística, dos debates e do pensamento da juventude brasileira.