Diretas Já em São Paulo une artistas e movimentos pelo voto popular
Movimentos sociais, setores da cultura e midialivristas se reuniram neste domingo (4) no Largo da Batata em São Paulo em torno de uma única bandeira: A luta por eleições diretas para presidente da república.
Publicado 04/06/2017 16:02
O ato em São Paulo mostrou o fortalecimento do movimento pela saída do presidente ilegítimo Michel Temer, envolvido em denúncias de corrupção. Artistas e lideranças sociais destacaram durante o ato a necessidade de ampliar o movimento pelas eleições diretas assim como a necessidade de um novo projeto para o país que retome a democracia e a inclusão social.
A atriz e poeta Elisa Lucinda afirmou que quando a política do país começou a olhar para lugares que nunca foram olhados aconteceu esse míssel, disse se referindo à posse de Temer. Durante o ato, Elisa declamou o poema “O Aprendizado de Bertold Brecht”.
“Pela primeira vez o Brasil olhou pra onde nunca tinha olhado, criou a secretaria a igualdade racial, direotos humanos. Pela primeira vez isso estava acontecendo e aí veio esse míssel contra o cidadão. Agora é hora de radicalizar. Ele (Temer) está lá sendo sustentado por um fio, o fio da impunidade. Uma pessoa que ninguém quer lá. Ele tem que se tocar que ninguém governa sem legitimidade”, declarou a atriz aos Jornalistas Livres.
A presidenta da UNE, Carina Vitral, elogiou e agradeceu a união de forças entre artistas e movimentos em torno das diretas. “Esse ato enche o meu coração de esperança. Sairemos vitoriosos e vitoriosas dessa batalha. Depois de um ano lutando vemos que tudo o que denunciávamos está acontecendo. O golpe foi dado no Brasil para implementar um programa de reformas, que faz parte do projeto de retrocesso, elitista e retirada de direitos”, afirmou.
Na opinião de Carina, o movimento das diretas precisa se fortalecer através de cada militante. A presidenta da UNE também ressaltou a importância de ser popularizado entre o grande público o programa para o Brasil proposto pela Frente Brasil Popular. “É importante ler, compartilhar, debater”, disse. São propostas para retomar a democracia no pais e fortalecer os direitos e as políticas de inclusão social.
Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares, que também integra a Frente Brasil Popular, assim como a UM, também destacou a unidade entre o mundo da cultural e os movimentos sociais. “Essa unidade é muito importante. Estamos juntos por um só grito: Fora temer e por diretas já. Queremos o fim do governo temer e o fim das reformas. A nossa bandeira é amplitude, uma campanha que envolva o Brasil pelas diretas já”.
O músico Edgard Scandurra enfatizou a importância do ato como um ponto e partida contra esse pacote de maldades desse governo de corruptos. “É todo mundo denunciado, todo mundo tá em gravação. Quanto mais alto for o grito mais a gente vai sair de uma bolha pra atingir toda a população. Tem que tirar esse presidente, novas eleições pra voltar a ter uma alto astral no país”.
Durante o ato se alternaram shows, entre eles de Chico César, e depoimentos de lideranças sociais e sindicais. A expectativa da organização é de que o ato se encerre apenas no início da noite deste domingo, quando está programada a apresentação de Pitty, Criolo, Emicida, Péricles e Tulipa Ruiz.