Especialistas destacam transparência do sistema eleitoral venezuelano

O Conselho de Especialistas Eleitorais Latino-americanos (Ceela), integrado por ex-presidentes e magistrados de órgãos eleitorais do continente, destacou em um relatório a “robustez e fiabilidade do sistema eleitoral venezuelano”, bem como a necessidade de se respeitar a vontade expressa pelo povo nas eleições para a Constituinte, realizadas neste domingo (30).

Eleições na Venezuela - AVN

O documento, lido este domingo na capital venezuelana por Nicanor Moscoso, representante da organização, destaca que os eleitores no país caribenho reconhecem a robustez do sistema de votação. “A segurança que encontramos no sistema automatizado de votação, devido às auditorias, blinda totalmente o resultado e garante que este reflete a soberana vontade dos eleitores”, assegurou.

O relatório, que será entregue ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, também reitera a necessidade de se respeitar a vontade do povo num processo que registou alta participação (8 089 320 eleitores), para eleger 537 dos 545 constituintes.

No documento, informa-se que, antes das eleições, foram analisadas as normas da Constituição Bolivariana da Venezuela, e se concluiu que a convocatória para a Assembleia Constituinte, realizada no último dia 1º de Maio pelo presidente Nicolás Maduro, se enquadra no ordenamento jurídico do país, pelo que o CNE tinha a obrigação de organizar as eleições.

Apoios e reconhecimento

O governo russo manifestou, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o seu apoio ao processo de diálogo na Venezuela e reconheceu os resultados das eleições para a Assembleia Nacional Constituinte.

Do mesmo modo, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros felicitou a República Bolivariana da Venezuela pelo êxito das eleições para a ANC, salientando a importância de se respeitar a soberania e a independência do país sul-americano.

Através do Twitter, o presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Evo Morales, felicitou “o povo venezuelano pela sua participação democrática na eleição da Assembleia Constituinte” e afirmou que a Venezuela “é a ponta de lança contra o império”.

Já o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, destacou a Constituinte como um “instrumento de paz e de resguardo da soberania nacional”.