Publicado 01/08/2017 14:57 | Editado 04/03/2020 16:45

Durante a entrevista, Zema questionou o teólogo se era possível fazer uma avaliação do governo Dino após décadas de domínio da oligarquia Sarney no Maranhão, quando o estado até então só conseguia ocupar espaço na mídia nacional com tragédias sociais, como as sanguinárias rebeliões de 2014 no Presídio de Pedrinhas e as precárias condições das escolas no interior do estado.
“Há uns três anos fui a um encontro para professores e professoras, em sua maioria, numa cidade histórica perto de São Luís. Fiquei estarrecido com o que as professoras e professores contavam, seus baixíssimos salários e o abandono das escolas. Tudo isso ainda sob o governo dos Sarney”, lembrou Leonardo Boff.
Para o teólogo, Flávio Dino é uma liderança confiável e a forma como ele vem resgatando socialmente o Maranhão, depois de meio século de hegemonia do clã Sarney, vem rendendo elogios ao governo do comunista em todo o país.
“De Dino ouvimos os melhores elogios, seja por suas intervenções no caso do impeachment, seja como está resgatando socialmente o Estado. É uma liderança em quem confiamos e oxalá tenha ressonância nacional e não apenas regional para o país sair da crise com lideranças novas, como a dele, com ética e novos projetos sociais”, pontuou Boff.
Na entrevista, Leonardo Boff fala ainda sobre o tema de sua palestra, igreja católica, a cassação de Dilma Rousseff e a crise no impopular governo Michel Temer.
Sobre o escritor
Leonardo Boff foi um dos criadores da teologia da libertação. Doutorou-se em teologia pela Universidade de Munique. Foi professor de teologia sistemática e ecumênica com os Franciscanos em Petrópolis e depois professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
É assessor de movimentos populares e conhecido internacionalmente como professor e conferencista nas áreas de teologia, filosofia, ética, espiritualidade e ecologia.
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