Oposição desmonta estratégia do governo e obriga recontagem do quórum

Iniciada às 9 horas da manhã desta quarta-feira (2), a Cãmara dos Deputados análise do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da denúncia contra Michel Temer. A votação só deve começar quando 342 dos 513 deputados estiverem presentes em plenário.

Plenario da Câmara - Agência Câmara

O base aliada do governo tem pressa. A oposição pressiona e busca barrar as manobras do governo para livrar Temer da investigação por crime de corrupção passiva. A estratégia deu certo e a sessão foi até à 14 horas sem que fosse iniciada a votação.

Com isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teve que abrir uma nova sessão, o que obriga a recontagem do quórum. Pela manhã, quórum necessário para votar a denúncia, com mais de 342 deputados foi registrado.

Agora, a segunda sessão foi reaberta com 84 deputados registrando presença. É preciso, então, formar novamente o quórum de 342 deputados para que a votação tenha início.

Até que 257 deputados registrem presença, a análise da denúncia não será retomada, e apenas com 342 deputados presentes poderá ser iniciada a votação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) contrário à autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra processo contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupção passiva (SIP 1/17).

A Ordem do Dia deve ter início com encaminhamentos e orientações para requerimentos de retirada da denúncia da pauta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia feito a votação dos requerimentos, mas decidiu refazer, atendendo a pedidos da oposição, e concedendo aos partidos o direito de se manifestar sobre o adiamento da votação.