Chico Lopes: Solidarizar-se com Lula é defender a democracia

“Tratar dessa forma um ex-presidente que encerrou seu governo com mais de 80% de aprovação popular e foi reconhecido em todo o mundo pelo combate à fome, pela geração de emprego e renda, pela diminuição das desigualdades sociais é algo que vai além da injustiça, da ingratidão, da falta de respeito ao povo e aos direitos fundamentais de qualquer cidadão. Demonstra o objetivo de influenciar diretamente nas eleições, impedindo o povo de escolher livremente seu próximo presidente”.

Por Chico Lopes*

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Em uma decisão contestada tanto por grandes nomes do Direito quanto pelo povo brasileiro, que pode não ter notório saber jurídico, mas entende de justiça, o ex-presidente Lula teve negado seu pedido de um habeas corpus que o protegesse dos que tentam prendê-lo por uma condenação forçada sem qualquer prova.

Tratar dessa forma um ex-presidente que encerrou seu governo com mais de 80% de aprovação popular e foi reconhecido em todo o mundo pelo combate à fome, pela geração de emprego e renda, pela diminuição das desigualdades sociais é algo que vai além da injustiça, da ingratidão, da falta de respeito ao povo e aos direitos fundamentais de qualquer cidadão.

Demonstra o objetivo de influenciar diretamente nas eleições, impedindo o povo de escolher livremente seu próximo presidente. Revela o terrível momento que vivemos em nosso País, com endurecimento do golpe, perdas de direitos sociais, congelamento de investimentos públicos por 20 anos prejudicando, sobretudo, os mais pobres, retrocessos na educação, FIES, ProUni, nas universidades e institutos federais, avanço de forças ultraconservadoras, generais publicando ameaças – e não sofrendo qualquer punição.

Solidarizar-se com Lula e expressar indignação diante desses ataques é defender a própria democracia, os direitos individuais e coletivos, o que resta de respeito à lei, à justiça e ao povo brasileiro.

*Chico Lopes é deputado federal pelo PCdoB-CE.

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