Evaldo Lima avalia sua gestão na Secretaria de Cultura de Fortaleza

“A cidade precisa de uma política cultural para todos. Hoje farei um apanhado de minha gestão. Enfrentamos um período de crise, mas, mesmo assim, conseguimos realizar um trabalho profícuo. Entregamos o Centro Cultural Belchior; inauguramos o Mercado Cultural dos Pinhões, que é um bem tombado pelo Patrimônio Histórico; a Biblioteca Herbênia Gurgel e a Cristina Poeta, no Autran Nunes”, destacou.

A Biblioteca Herbênia Gurgel, segundo Evaldo, está situada no Conjunto Ceará, possuindo sala multiuso, parque infantil, jardim para contação de história, telecentro, computadores, acesso à internet. Frisou que o nome do equipamento foi em homenagem a bibliotecária, já falecida, que por muitos anos atuou da Biblioteca Pública Dolor Barreira.

Outro equipamento citado pelo parlamentar, em seu pronunciamento, foi a Casa do Barão de Camocim, entregue este ano com a realização do Salão de Abril. “O objetivo é que seja um centro cultural de artes visuais, por isso foi inaugurado já abrigando um dos maiores e mais tradicionais eventos do país, o 69a Edição do Salão de Abril”.

Evaldo Lima pontuou ainda a entrega da Biblioteca Pública Cristina Poeta, no bairro Autran Nunes, voltada para a cultura popular, cordel, maracatus e toda a tradição da cultura popular e tradicional. “Prestamos homenagem a uma lutadora que era a Cristina Poeta. Antes de ela começar alguma intervenção, iniciava com um verso, uma poesia”, ressaltou.

“Temos, ainda, a previsão para ser inaugurado em agosto, o Teatro São José. As obras estão aceleradas. Vamos entregar 1.446 m2, com vários equipamentos, como um café, jardins, espaços de convivência. A obra está com 60% dos serviços de restauro concluídos”.

Outra questão enfatizada pelo vereador Evaldo Lima foi a chamada política de editais. “Em 2017 fixamos em R$ 7 milhões o valor dos editais e em 2018 serão R$ 12 milhões, um acréscimo de 56,94% no valor dos editais. Ressaltando ainda que não há nenhum atraso de editais. A cultura é uma forma de fortalecer o afetos, pertencimentos e identificação cultural”, observou. O vereador citou também os editais dos festejos juninos, que neste ano, receberá R$ 1,110 milhão, um acréscimo de 21,57%, com relação ao ano passado.

Evaldo detalhou o Projeto Bom de Fortaleza, que leva programação cultural para todas as regiões da capital. “Existe programação cultural em todas regiões da cidade. Em 2017 foram 19 edições, 49 mil pessoas participantes, 609 apresentações, 674 apresentações em palco aberto, atividades de educação patrimonial, trem da memória e além disso, a criação de 370 empregos diretos e indiretos.

Com relação ao Edital do Ciclo Carnavalesco, destacou que os recursos são destinados ao apoio da Domingos Olímpio e ao pré-carnaval. Foram destinados R$ 894 mil (2017) e R$ 916 (2018).

Quanto ao Edital das Artes revelou que havia uma media histórica de atraso de 2 anos, “quitamos o último edital e lançamos o de 2017. O de 2018 só será lançado com o pagamento do edital passado. O edital possibilita a ocupação dos espaços, fomento e manifestação de diferentes linguagens artísticas da cidade. Temos também o Edital de Credenciamento de Artistas, que justifica os shows em vários espaços públicos, a partir de contratação de artistas da terra. Para esse edital houve acréscimo de 161% no credenciamento dos artistas,” comentou.

O parlamentar do PCdoB frisou que o dia 25 é dedicado aos Maracatus que realizam cortejos pela cidade. “São 14 grupos ao todo. Eles representam um traço da resistência contra a escravidão. É o desfile de uma corte com sua Rainha, que enfrentava os traficantes de escravos”, revelou.

Citou, ainda, o registro da Festa de Iemanjá, no livro de registro de patrimônio imaterial de Fortaleza e as ações desenvolvidas no Mercado dos Pinhões. “Temos muitos desafios no cenário cultural de Fortaleza. Quero agradecer o prefeito Roberto Cláudio pela confiança de estar a frente da pasta por um ano e quatro meses. Fortaleza é um celeiro e temos muitas demandas reprimidas. Precisamos investir cada vez mais em Cultura, como política de identificação da cidade”, concluiu.