Sousa Júnior: Derrotar o Golpe elegendo Lula ou Haddad e Manuela

Em artigo anterior publicado neste portal, intitulado “Respeite o poste, ele pode iluminar o Brasil”, defendi a chapa PT-PCdoB com Manuela na vice em qualquer situação, seja com Lula ou, diante do provável indeferimento de sua candidatura, com Haddad. Tornada essa previsão realidade, hoje apresento minha reflexão sobre o papel da militância, em especial daqueles que apoiam candidatos que estão fora dessa coligação, como Ciro e Boulos.

Se existia algum propósito de atacar Ciro, mesmo que este continue a mirar sua metralhadora giratória na coligação liderada pelo PT, hoje não existe mais. As peças do jogo já estão postas e irão para o segundo turno as duas forças mais bem estruturadas para governar o País a partir de 2019. De um lado, não há dúvida, os golpistas e quase toda a direita estarão agrupados na candidatura Alckmin. A extrema-direita corre por fora, representada por Bolsonaro, mas com pouco tempo na tv e no rádio, sem estrutura de campanha, isolado politicamente e com um discurso de ódio e inconsequente, este tende a ver seus votos transferidos para a direita.

Pelos mesmos motivos, Ciro, embora tenha um discurso inteligente e propostas adequadas para o País, verá também boa parte de seus votos irem para a chapa PT-PCdoB. O mesmo ocorrerá com os demais candidatos que se posicionam contra o golpe, pois a campanha eleitoral, além de desnudar quem está a favor do governo golpista de Temer e quem está contra, também evidenciará quem terá reais condições de ir ao segundo turno ou não. Não há terceira via. Será uma eleição plebiscitária por mais que alguns tentem disfarçar.

Os e as militantes petistas, comunistas e socialistas, além dos progressistas de outras legendas, como o PROS e o próprio MDB, a exemplo do senador Roberto Requião, darão uma grande amplitude à campanha de Lula ou Haddad-Manuela e caberá a todos nós atrairmos para votar nesta chapa os simpatizantes de Ciro e de outros candidatos e, principalmente, os indecisos, pois não podemos deixar de ir ao segundo turno para derrotar os golpistas. Ao mesmo tempo, impõe-se a tarefa de elegermos uma grande bancada parlamentar para dar sustentação ao futuro governo popular e, para isso, cresce a importância de divulgar a campanha da rádio Atitude Popular “NÃO VOTE EM GOLPISTA” e dela participar. Tudo isso e, ao mesmo tempo, mantendo a campanha Lula Livre, pois este foi, continua sendo e será o artífice da construção política que dará um fim ao golpe em curso para o Brasil voltar a ser feliz.