'Vou conversar com todas as forças democráticas do país', diz Haddad
Em coletiva de imprensa realizada em um hotel em Curitiba, depois de visitar o ex-presidente Lula, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (8), que vai buscar o diálogo com as forças democráticas do país em busca de alianças neste segundo turno das eleições, em que disputará com Jair Bolsonaro (PSL).
Publicado 08/10/2018 16:14
“Vou conversar com as forças democráticas do país, representadas por algumas candidaturas, sim. Citei Ciro Gomes, Guilherme Boulos, estou mantendo contato com alguns governadores do PSB com quem eu tenho longa relação de amizade política. Falei com Paulo Câmara (PE). Vamos falar com Carlos Siqueira, presidente do PSB. Temos todo o interesse em que as forças democráticas progressistas estejam unidas em torno desse projeto de restauração, de um projeto de desenvolvimento com inclusão social", afirmou Haddad.
"Acho que o Ciro Gomes, com três campanhas presidenciais, é uma pessoa de alta respeitabilidade. Marina Silva. Geraldo Alckmin, posso discordar, divergir, mas nunca deixe de respeitar. Não falo isso pós eleição. Falo isso há muitos anos. Eu tenho respeito por essas pessoas. Meirelles, que foi presidente do Banco Central", destacou.
Ele disse ainda que a campanha vai manter o foco na defesa da Constituição de 88, dos direitos consagrados na Constituição e na defesa dos avanços que foram promovidos no passado recente que “nós queremos aprofundar”.
“Tirar o país da crise econômica e política que se encontra. Tudo isso deve ser mais aprofundando no segundo turno e estamos muito confiantes de que essa oportunidade será oferecida.
O presidenciável reforçou que a proposta é mostrar a antagonismo das propostas, opondo a proposta da sua coligação, de bem-estar social, e a de Bolsonaro, que classificou como neoliberal.
“Temos o neoliberalismo, que eles propõem, e o estado de bem-estar social, que nós propomos. Esse é um núcleo importante da nossa divergência. Na minha opinião o retorno do neoliberalismo vai agravar a crise e nós vamos seguir um modelo que não deu certo na Argentina. Isso não vai fortalecer o poder de compra do trabalhador, não vai aquecer a economia”, disse.
Ele repudiou a proposta de Bolsonaro que facilita o acesso às armas para a população. "Armar a população é desonerar o Estado de proteger o cidadão", disse. "Armar a população vai acarretar mais morte, e lucro para quem produz arma, mas não vai melhorar a segurança", concluiu Haddad.
Fake News
Ele cobrou da Justiça Eleitoral agilidade para coibir a divulgação de notícias falsas na campanha eleitoral. “Fica o apelo para que o TSE seja mais rápido em tirar do ar, como aconteceu apenas no final da campanha do primeiro turno”, disse. “No último dia conseguimos tirar 35 matérias falsas sobre mim e sobre a Manuela. O TSE reconheceu a falsidade das informações e determinou às plataformas que retirassem“, lembrou.
“Nós pretendemos fazer uma campanha propositiva, como fizemos no primeiro turno. Não vamos disseminar calúnias e injúrias, como as que atingiram a mim, minha família e a minha vice, Manuela Davila”, afirmou.