Publicado 05/09/2019 20:00
O “capetão” não esconde de ninguém que morre de amores pela cloaca empresarial, que o ajudou a ganhar as eleições e ainda é a principal base de apoio do seu laranjal, conforme atestou a última pesquisa Datafolha. Ele também já disse várias vezes que há muitos direitos trabalhistas no Brasil e que é melhor não ter direitos do que perder o emprego. O trabalhador que votou nele optou pela guilhotina e nem pode chiar muito!
Segundo o noticiário, o grupo de carrascos foi montado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, ligada ao Ministério da Economia chefiado pelo abutre Paulo Guedes. Ele é composto por ministros, juízes e desembargadores e tomou posse, “discretamente”, na última sexta-feira (30), em São Paulo. O seu objetivo explícito é radicalizar ainda mais as regressões na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que já havia sido estuprada pela quadrilha de Michel Temer no final de 2017. Na ocasião, os golpistas e sua mídia garantiram que a “reforma trabalhista” geraria milhões de empregos. A promessa só enganou mesmo os babacas!
Já em agosto último, por iniciativa dos milicianos de Jair Bolsonaro, o Congresso Nacional aprovou a medida provisória cinicamente batizada de MP da Liberdade Econômica – uma minirreforma que retirou mais alguns direitos dos assalariados e alegrou a cloaca burguesa. Mas o patronato quer mais e seu “laranja” em Brasília, Jair Bolsonaro, atendeu com a criação, agora, do Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet).
Segundo ofício do jagunço Rogério Marinho, um conhecido inimigo dos trabalhadores – que foi enxotado nas urnas no Rio Grande do Norte, mas ganhou um carguinho do “capetão” – o grupo tratará da “modernização das relações trabalhistas” e “avaliará o mercado de trabalho sob a ótica da melhoria da competitividade da economia, da desburocratização e da simplificação de normativos e processos [regras e leis]”. A intenção do carrasco é concluir o trabalho sujo iniciado por ele no covil de Michel Temer. Ou seja: um novo golpe está em curso. O sindicalismo precisará investir muito em comunicação para alertar as bases e garantir a resistência.
Em tempo: Não é apenas a CLT que corre risco de uma nova regressão. É o próprio sindicalismo que está na mira dos milicianos no governo. Segundo matéria da Folha, o tal Gaet discutirá “o fim da unicidade sindical. Hoje, a lei permite apenas uma entidade por base territorial – por município, uma região, estado ou país. A meta é promover a pluralidade sindical no Brasil. A reforma de Temer já alterou regras para as entidades e acabou com o imposto sindical obrigatório”.