Brasil tem 11,9 milhões de desempregados e 38,3 milhões de informais

Nada menos que 40,7% da população ocupada no País está na informalidade

Pandemia destruiu milhões de postos de trabalho - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Os primeiros números sobre o emprego no Brasil em 2020, divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma realidade ainda desesperadora para a maioria dos trabalhadores. De acordo com o IBGE, passados 13 meses de governo Jair Bolsonaro, o Brasil tem hoje 11,9 milhões desempregados, 38,3 milhões de pessoas na informalidade e 4,7 milhões de desalentados (trabalhadores que desistiram de procurar trabalho e já não são computados como desocupados).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e se referem ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2020. A taxa de desemprego, hoje, é de 11,2%. No mesmo período do ano passado, a desocupação estava em 12%. A redução do desemprego, além de lenta, é frágil – os novos postos de trabalho são, invariavelmente, informais. Entre os desocupados, o IBGE abrange “pessoas que procuraram emprego sem encontrar”.

A população ocupada no País – empregados, empregadores, servidores públicos, etc. – é de 94,2 milhões de trabalhadores. Desse total, nada menos que 40,7% estão na informalidade. A taxa é 0,5 ponto percentual abaixo da registrada do trimestre encerrado em outubro, mas praticamente corresponde a população de um país do porte da Polônia, que tem 38,4 milhões de habitantes.

Conforme o IBGE, o número de desalentados, na faixa dos 4,7 milhões, equivale a 4,2% da força de trabalho. São 83 mil pessoas a mais na comparação ao trimestre móvel anterior – uma alta de 1,8 ponto percentual. Além disso, 26,4 milhões de trabalhadores estão subutilizados. Trata-se dos brasileiros desempregados, desalentados ou empregados que gostariam e poderiam trabalhar mais horas.

Da Redação, com agências