Rejeição a Bolsonaro continua crescente, aponta pesquisa DataPoder360

Foram 2.500 entrevistas, realizadas entre 8 a 10 deste mês, em 518 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Pesquisa do DataPoder360 revelou nesta quinta-feira (11) que a rejeição a Bolsonaro segue em trajetória de alta, tendo ido de 44% para 47% em duas semanas. No último levantamento, em abril, esse percentual era de 33%. A taxa de regular variou de 23% para 20%. A aprovação ficou na mesma, em 28%. Foram 2.500 entrevistas, realizadas entre 8 a 10 deste mês, em 518 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.

No apurado geral, a pesquisa considerou que Bolsonaro tem 41% de aprovação e 50% de desaprovação.

A curva ascendente da rejeição criou um novo ambiente na política nos últimos 15 dias. Começaram a ganhar espaço grupos defendendo a troca de governo e a criação de uma “frente ampla” anti-Bolsonaro. Surgiu também um movimento chamado Somos 70% argumentando que o presidente tem apenas cerca de 1/3 do eleitorado a seu favor –e que 70% seriam contrários a ele.  

Para complicar, houve a recente controvérsia sobre a divulgação dos novos casos comprovados de covid-19 e de mortes. O governo chegou a retirar do ar por alguns dias as informações completas. Houve uma reação negativa da mídia, que acabou criando 1 consórcio para apurar diariamente os dados sobre coronavírus. A pesquisa do DataPoder360 foi realizada nessa conjuntura, com noticiário amplamente negativo para o Planalto nas TVs, rádios, internet e mídia impressa.

Mulheres rejeitam mais

Há grande diferença na avaliação de Bolsonaro entre homens e mulheres. Para 35% dos entrevistados do sexo masculino, o presidente faz 1 trabalho “bom” ou “ótimo”. Entre mulheres, o percentual cai para 22%.

Da mesma forma, a rejeição de Bolsonaro é de 44% entre homens, mas vai a 50% entre mulheres.

Quando se trata de renda, o presidente tem seu melhor desempenho no grupo que não tem salário fixo ou ganha até 2 mínimos por mês: a taxa de aprovação entre esses entrevistados vai a 33%.

A pesquisa indica ainda um novo movimento entre os apoiadores do presidente. Houve uma alta significativa de rejeição entre as pessoas com menor grau de instrução: de 21 pontos percentuais. Na última pesquisa, 36% dos que não foram à escola rejeitavam o governo. Agora, são 57%.

Os mais instruídos (com ensino superior) continuam sendo os que mais avaliam como como ruim ou péssima a atuação de Bolsonaro. Sendo antes 57%, agora o percentual foi a 63%.

A parcela dos que mais aprovam a administração federal é observada entre os moradores das regiões Centro-Oeste (38%) e Norte (37%). Também entre os entrevistados de 60 anos ou mais (38%).

Aprovação estratificada

É possível analisar como se dividem os diversos grupos demográficos nas respostas sobre aprovação e desaprovação do governo. O percentual positivo para o presidente é melhor entre homens: 47% aprovam o governo, contra 35% entre as mulheres.

Considerando o nível de escolaridade, dos que não frequentaram a escola, 56% desaprovam o governo e 42% aprovam. A aprovação cai para 33% entre os que têm nível superior e aumenta para 65% no mesmo grupo.

A desaprovação do presidente é maior entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (69%). Já a aprovação é maior entre quem está desempregado ou não possui renda (43%).

As regiões Centro-Oeste e Norte também são os locais onde o governo lidera em aprovação no país: com 62% e 54%, respectivamente.

Com informações do PODER360

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