Do avanço ao retrocesso

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Foto: Reprodução

Após 13 anos de governos mais comprometidos com os interesses populares e nacionais, as elites brasileiras que jamais aceitaram estar fora do poder. Aproveitando erros e momento desfavorável às forças progressistas, através de impeachment fraudulento conseguiram interromper um governo democraticamente eleito.

Empossando Michel Temer, um presidente alinhado com seus interesses, as elites trataram logo de interromper os avanços sociais, destruir direitos e abocanhar o máximo e o mais rápido, toda riqueza possível.

De imediato, dando continuidade aos discursos falsos que motivaram o impeachment, “para aliviar os Estado e sobrar recursos para investimentos”, era preciso aprovar urgentemente as reformas trabalhista, da previdência, administrativa e outras.

Na realidade, as reformas ao invés de propiciarem investimentos, retiraram direitos dos trabalhadores, fruto de muitos anos de lutas.

Findo o ilegítimo governo Temer, com apoio maciço da grande mídia, métodos ilegais de campanha, como Caixa 2 e poderoso esquema de fake news, as elites conseguiram eleger um representante, porém não aquele que pretendiam, mas um antigo e inexpressivo parlamentar do baixo clero, totalmente despreparado, medíocre e aloprado.

Grande parte da elite e da grande mídia que chocaram o ovo da serpente, agora se veem em maus lençóis. Bolsonaro a todo o momento ameaça retirar a concessão da Globo, agora chamada pelos bolsonaristas de Globolixo.

O ex-juiz Moro, que recebeu por recompensa um cargo de Ministro, traído e demitido, tornou-se inimigo do chamado “mito”. Ele, assim como Dellagnoll, ex-chefe da Lava-Jato, também defenestrado, acabaram desmoralizados pelos vazamentos de suas mensagens e pela farsa ao condenar opositores.

A maioria dos investidores, temerosos com os destinos do país, levam seus recursos para serem aplicados em lugares mais seguros. Ao invés dos investimentos prometidos é cada vez maior a fuga de capitais.

Boa parte dos exportadores já enfrentam dificuldades para vender seus produtos devido as claras ações do governo Bolsonaro de incentivo ao desmatamento, principalmente da Amazônia, e o desmonte dos órgãos de fiscalização e combate às queimadas e à destruição do meio ambiente.

Médios e pequenos empresários, que na maioria apoiaram Bolsonaro, agora pela falta de apoio diante da pandemia estão quebrando. Já são quase 1 milhão de empresas falidas.

Parcelas expressivas da classe média, como profissionais liberais, funcionários públicos, professores universitários e outros que por desinformação ou por resquícios de formação elitista, também entraram na onda bolsonarista, agora estão sentindo os graves efeitos das medidas governamentais, dos cortes de verbas nas áreas da Educação, Saúde, na Previdência e outras.

Autônomos e boa parcela de trabalhadores que acreditaram nas mentiras e se iludiram com as promessas falsas são os que mais sofrem. Sem perspectivas, enfrentam mais desemprego, a alta descontrolada dos alimentos básicos, a perda da moradia, etc. E pior, diante de uma pandemia descontrolada, totalmente menosprezada pelo governo, são as maiores vítimas da contaminação que já atinge mais de 5 milhões e já matou acima de 150 mil brasileiros.

Bolsonaro, diante de tamanha tragédia, diz: e daí?

E diz isso, não apenas por ignorância, mas principalmente porque durante toda a sua vida política, desde vereador a oito mandatos como deputado, ninguém conhece um projeto seu em favor do povo ou do país. O que ficou registrado nos anais da câmara foram homenagens à milicianos, à torturadores, ou de interesse dos poderosos.

Déspotas e traidores como Bolsonaro, Trump, Hitler e outros líderes de direita, apoiados por extremistas, reacionários, imbecis ou iludidos, podem viver momentos de glória, mas tem futuro curto e melancólico e acabam no lixo da história.

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