Paraguai entra em convulsão contra gestão da pandemia

Paraguaios fazem protesto devido a colapso hospitalar e avanço de óbitos. Ato termina com um morto, após queda de ministro

Protestos contra gestão da pandemia acabam em morte na capital do Paraguai

Manifestantes e policiais entraram em confronto em Assunção, capital do Paraguai, na noite de sexta-feira (5), depois de um protesto contra a forma como o governo tem gerenciado a pandemia. As infecções por coronavírus no país atingiram níveis recordes. Os hospitais estão perto do colapso no Paraguai.

Ao menos uma pessoa morreu e 18 ficaram feridas, de acordo com a mídia do país.

O ministro de Saúde do país perdeu o cargo pouco antes do protesto de sexta-feira, que reuniu cerca de 5.000 pessoas, de acordo com a imprensa local.

Além do avanço das mortes e colapso do sistema hospitalar, o Paraguai passou por longas quarentenas rigorosas, sem contrapartidas que evitassem o esfacelamento da economia do país. As cidades fronteiriças não puderam receber os consumidores majoritariamente brasileiros que compram importados em suas lojas e shoppings, que já estavam abalados com a alta do dólar no Brasil.

–:–/–:–

Paraguai tem protestos por má gestão da pandemia

A polícia fez disparos com balas de borracha e usou bombas de gás nos manifestantes ao redor do prédio do Congresso do país.

As pessoas que participavam do ato responderam com pedras, barricadas com fogo nas ruas e quebraram algumas das barreiras de segurança.

Curva de contágios e mortes no Paraguai mostra crescimento recorde de internações

O presidente Mario Abdo Benítez nomeou Julio Borba como novo ministro de Saúde. Ele afirmou que começará a “buscar remédios” imediatamente.

Mario Abdo também pediu aos seus ministros que coloquem seus cargos à disposição, de acordo com uma reportagem deste sábado do “Última Hora”.

A taxa de infecção no Paraguai está em cerca de 115 por 100 mil habitantes nos últimos 7 dias. O país vacinou menos de 0,1% de sua população.