Unir o povo

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Os tubarões do capital que, representam a extrema direita se formaram ao longo dos séculos, especialmente durante a escravidão. Eles  se apossaram da terra, organizando a economia e a política de acordo com seus interesses tanto econômicos quanto de classe, hoje formam a opinião de milhões, construindo o mundo a sua imagem, interferindo diretamente nos costumes e no padrão comportamental através dos poderosos meios de comunicação de massa. Exemplo recente é o negacionismo da ciência enquanto instrumento de enfrentamento a maior crise sanitária dos últimos 100 anos.

Os liberais da extrema direita têm como expressão maior o campo bolsonarista que traz na sua gênese o autoritarismo, o ajuste fiscal enquanto variante do pensamento econômico, o desprezo à vida humana com o descaso da pandemia, tratando com arrogância a crise sanitária e econômica que aflige o povo, desconsidera a vacinação dos brasileiros essencial à garantia da vida, e o auxilio emergencial enquanto política social que ajude aí garantir as necessidades básicas das famílias em extrema vulnerabilidade social.

Na construção de alternativas que tirem o país desse pesadelo, devemos aprofundar as críticas à extrema desigualdade social que tem na concentração de renda e na propriedade privada a origem do poder político das classes dominantes, que incide na desigualdade de gênero, na violência urbana que mata pretos e pobres nas periferias, no desemprego que traz a fome e a miséria para milhões de lares.

Construir um campo amplo que congregue o que existe de mais democrático e popular é a grande tarefa a ser cumprida na atual conjuntura por aqueles que têm compromisso com os interesses do povo brasileiro. Pois, ajudar a derrotar a grande burguesia rentista na atual conjuntura é fundamental para as forças democráticas e populares, um importante passo visando constituir um leque de forças comprometidas com os interesses nacionais, o que contribuirá decisivamente com vitórias mais significativas no futuro.

No essencial sabemos que não existe fórmula mágica para a superação dos problemas advindos da crise, em outros momentos o povo brasileiro já mostrou imensa capacidade de resolver grandes impasses. Certamente a unidade democrática e popular derrotará o conservadorismo e virará essa página de sofrimento social. Apredemos com as lutas que a superação das crises passa pelo protagonismo do povo unido. Abrindo novas perspectivas para o país voltar a ser feliz e construir o projeto nacional de desenvolvimento que constitua as bases a um projeto de nação.

Apesar da avassaladora onda conservadora é possível construir uma saída avançada para a crise. Esse contexto histórico exige mais que malabarismo de cunho eleitoral, ou arranjos momentâneos, é preciso pensar a solução dos problemas do país estrategicamente, ver suas potencialidades quanto ao seu desenvolvimento social. Temos a oportunidade de extrair dessa realidade uma valiosíssima lição política, de dimensão histórica, que muito inspirará novas gerações de lutadores pelo progresso do país. Não devemos nos limitar apenas ao embate eleitoral, precisamos ir para além das urnas, mobilizar o povo e aprofundar o trabalho social é imprescindível, estabelecer alianças pontuais com setores sociais capazes de compreender que a saída para a crise demanda mais que palavras, demanda ações políticas articuladas, calcadas em objetivos nítidos que mostrem o caminho seguro a seguir.

Considerando que milhões estão na miséria absoluta e sem perspectivas de emprego e renda, a história de lutas dos povos pelo progresso coloca  em cheque os donos do poder político, através da ampla unidade e clareza de objetivos imediatos e futuros, é essa parcela da sociedade que enfrenta as mazelas do sistema capitalista na agudeza da crise. É ela que sente na pele a fome e a miséria extrema enquanto retrato fiel da triste realidade. Os excluídos de tudo que o PIB produz recolocarão esse país novamente no trilho do desenvolvimento social, da inclusão social e na construção de uma alternativa política que aponte o caminho a um país socialmente mais avançado.

A verdade é que o Brasil está a beira do abismo social devido aos duros golpes em sua jovem democracia, resultando na fragilização de suas instituições, além de destruição acelerada de seu parque industrial estratégico ao seu desenvolvimento, colocando em cheque sua soberania.

Diante dessa realidade tanto o hegemonismo quanto o dogmatismo político ofuscam uma visão estratégica de enfrentamento ao grande inimigo do momento que é o fascismo. Sem flexão tática não ha construção de campo amplo de enfrentamento ao neoliberalismo. É preciso interromper essa marcha predatória que sufoca a economia através do ajuste fiscal e a política social com a destruição de direitos duramente conquistados nos últimos 80 anos.

Vamos ajudar a unir o povo brasileiro através de mobilizações e jornadas de lutas que ajudem a acumular mais forças na sociedade. Temos consciência do tamanho dos nossos desafios, da grandeza da nossa tarefa histórica. Pensar nos interesses do povo brasileiro é colocar amplas forças sociais do campo democrático e popular em movimento, é exigir a vacinação em massa, o auxilio emergência durante a pandemia e uma renda nacional até a superação da crise econômica que sufoca o país.

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