Volta tendência de alta nas mortes por covid após mais de 60 dias

Casos sobem para 17,7 milhões e mortes para 496 mil. Óbitos registram 19% de aceleração depois de longo período de estabilidade em alto patamar.

SÃO PAULO (SP) 07/06/2021 | GREVE DA EDUCAÇÃO PELA VIDA | Trabalhadoras e trabalhadores da educação em greve realizam uma vigília em frente a Câmara Municipal de São Paulo, para pressionar e aguardar a segunda reunião do Fórum dos Sindicatos da Educação com o presidente da Câmara, Milton Leite e com o secretário municipal da educação, Fernando Padula. CRÉDITOS: Alexandre Linares / Sindsep

Pela primeira vez, em mais de dois meses, o Brasil volta a registrar aceleração no número de mortos pela covid. Até então, o perfil da curva de óbitos permanecia abaixo de 15%, subindo hoje para 19% em relação a duas semanas antes com os 2.311 casos das últimas 24 horas. Esta é uma sinalização preocupante, conforme a curva não caiu significantemente, tendo se estabilizado num alto patamar, desde o início de abril.

A quantidade de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o primeiro caso, em fevereiro de 2020, subiu para 17.702.630. Nas últimas 24 horas, foram registrados pelas autoridades de saúde 74.042 novos diagnósticos positivos da covid-19. O país tem ainda 1.129.143 casos ativos, em acompanhamento.

A média móvel nos últimos 7 dias foi de 69.840 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +9% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.

Já o total de vidas perdidas para a pandemia foi para 496.004. Entre ontem e hoje, secretarias de saúde confirmaram 2.311 novas mortes por covid-19. 

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 2.005 –voltando a bater a marca de 2 mil pelo segundo dia seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +19% e indica tendência de alta nos óbitos decorrentes do vírus.

Ainda há 3.758 óbitos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta quinta-feira (17). O balanço é produzido a partir das informações sobre casos e mortes recolhidas pelas secretarias estaduais de saúde.

O número de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram desde o início da pandemia alcançou 16.077.483. Isso corresponde a 90,8% do total dos infectados pelo vírus.

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (120.524). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.750), Minas Gerais (43.814), Rio Grande do Sul (30.163) e Paraná (29.199). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.692), Acre (1.725), Amapá (1.790), Tocantins (3.061) e Alagoas (5.074).

Nove estados aparecem com tendência de alta nas mortes: PR, AP, RR, GO, PB, RJ, SP, RS e MA. Apenas o DF e o ES estão em desaceleração. Os demais 16 estados estão em estabilidade de óbitos.

Boletim epidemiológico mostra a evolução dos números da pandemia no Brasil.
Boletim epidemiológico mostra a evolução dos números da pandemia no Brasil. – Ministério da Saúde

Vacinação: 11,37%

Desde o começo da vacinação no Brasil, mais de 28% já tomou a primeira dose de vacinas contra a Covid. São 60.381.020 de doses aplicadas, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, divulgado às 20h desta quinta-feira (17), o que corresponde a 28,51% da população.

A segunda dose foi aplicada em 24.085.577 de pessoas, o que corresponde a 11,37% da população.

Somando a primeira e a segunda doses, 84.466.597 vacinas foram aplicadas.

De ontem para hoje, a primeira dose foi aplicada em 2.088.159 pessoas e em132.686 na segunda dose, com um total de 2.220.845 doses aplicadas neste intervalo. É o dia com maior número de aplicações da primeira dose e o dia com maior número de doses aplicadas no total desde o começo da vacinação, em janeiro.

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