Presidente do Haiti é assassinado e país entra em estado de sítio

O primeiro-ministro haitiano Claude Joseph decretou o estado de sítio em todo o território nacional e pediu calma após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (7).

Seguem as investigações sobre o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse / Foto: Retamal de Hector-AFP

Em discurso transmitido por emissoras nacionais de televisão e redes sociais, Joseph reiterou que o Conselho de Ministros vai garantir a continuidade do Estado e a segurança dos cidadãos.

As primeiras informações sugerem que o comando armado que assassinou o presidente e, segundo informações ainda não confirmadas, a primeira-dama Martine Moise, era formado por pessoas que falavam inglês e espanhol, afirmou Claude Joseph durante seu discurso no qual insistiu que tanto a Polícia quanto o Exército têm ordens para manter a calma no país.

Ele também destacou que, após o assassinato, o governo se preocupou em garantir a segurança da família presidencial.

Desde esta manhã, o aeroporto internacional Toussaint Louverture fechou suas portas enquanto o governo da vizinha República Dominicana ordenou medidas semelhantes com a fronteira que divide os dois países.

Por enquanto a capital permanece tranquila, com notável diminuição do tráfego em suas principais avenidas, além de poucos pedestres e comerciantes.

Em cidades próximas, como Jacmel, a sudeste de Porto Príncipe, os cidadãos também preferiram ficar em suas casas.

O assassinato do presidente ocorreu por volta da 01:00 hora local de quarta-feira, e durante os eventos a primeira-dama Martine Moïse também foi ferida e a imprensa local informa que ela não resistiu aos ferimentos.

O assassinato ocorreu em um momento de grande crise política no país, e poucos meses antes das eleições gerais programadas pelo Governo.

Moïse tornou-se presidente em fevereiro de 2017, após um polêmico processo eleitoral em que apenas 20% dos eleitores cadastrados votaram.

Seu governo foi marcado por intensos protestos antigovernamentais, o acirramento das desavenças políticas e o aumento da insegurança com a proliferação de gangues armadas.

Fonte: Prensa Latina