Parlamentares reagem ao assassinato do jovem congolês e cobram justiça
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se somou aos protestos e apontou para fatores sociais do assassinato
Publicado 02/02/2022 10:27 | Editado 02/02/2022 12:18

Deputados de diferentes partidos usaram suas redes sociais para reforçar a cobrança por justiça no caso do assassinato de Moïse Kabagambe. O jovem congolês foi espancado até a morte, após cobrar pagamento de diárias atrasadas em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde havia trabalhado. O corpo foi achado amarrado em uma escada no local.
O crime foi cometido no dia 24 de janeiro, mas só veio a público após protesto de familiares da vítima, ocorrido no sábado (29), em que pediam informações e denunciavam que os órgãos da vítima foram retirados no Instituto Médico-Legal (IML).
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se somou aos protestos e apontou para fatores sociais do assassinato. “Um assassinato brutal de um homem que luta pela sobrevivência. Era negro, migrante. Racismo e xenofobia num país construído pelas mãos calejadas dos negros africanos. É a barbárie!”, destacou. “Ou entendemos e enfrentamos essa dura realidade nos termos propostos, em suas dimensões econômicas, institucionais e sociais, ou o racismo continuará nos matando impunemente”, completou.
O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), também cobrou justiça. “Um caso bárbaro, chocante e cruel que não pode passar batido como tantos outros.”
“Que os autores desse crime brutal sejam punidos com o rigor da lei”, completou a correligionária, deputada Alice Portugal (BA).
Vice-líder da Minoria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que toda pressão e repercussão neste caso é importante. “Cobranças formais às autoridades serão feitas, mas precisamos dar muita repercussão ao caso”, afirmou em referência aos protestos que estão sendo mobilizados no Rio de Janeiro pedindo justiça.
Já a vice-líder da Oposição, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) reforçou que é “revoltante, bárbaro, violento e cruel o assassinato do congolês Moïse”. “A humanidade deu errado”, pontuou. “Vamos lutar para que não fique impune”, afirmou a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).
O deputado Rubens Jr (PCdoB-MA) afirmou que o assassinato brutal do jovem congolês “é mais um triste capítulo do racismo no Brasil e que não podemos naturalizar tamanha covardia”. “O caso merece uma reposta rápida. Que a justiça seja feita!”
Racismo
“Racismo mata! O jovem congolês, Moise Kabagambe, foi torturado de maneira brutal até a morte por cobrar o salário atrasado. Ele e sua família são refugiados e vieram para o Brasil buscar acolhimento, mas receberam essa selvageria. Exigimos justiça!”, cobrou a deputada Natália Bonavides (PT-RN)
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) diz que é preciso livrar o nosso país de toda a onda de violência, milícias e impunidade. “Problemas estruturais do país foram agravados com Bolsonaro no poder, é como abrir a tampa do inferno. O bárbaro assassinato do congolês Moïse Kabagambe não pode ficar impune. #JusticaPorMoise”, escreveu no Twitter.
Para a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), O assassinato brutal do jovem congolês escancarou para o mundo o estado de beligerância e barbárie em que o Brasil está imerso.
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que as imagens do vídeo do assassinato são deprimentes. “Quanta crueldade! Temos o dever de garantir que os responsáveis por essa barbárie respondam por seus crimes. #JusticaPorMoise”, cobrou.
Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados